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Reportagens Especiais

03/07/2003 - 21h00
TV UOL apresenta em primeira mão Cibelle Cavalli, a voz da música brasileira ultranova

Divulgação

Cibelle Cavalli, que acaba de
lançar seu primeiro disco solo

ENTREVISTA
Escolha a velocidade e clique no link para assistir aos depoimentos

"CIBELLE"
Cantora fala de seu disco solo e de suas influências
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SÃO PAULO CONFESSIONS
Cibelle conta como conheceu Suba e fala de sua 1ª gravação
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"ALCOOL"
Gravação com Apollo 9 é incluída na coletânea 'Free Zone 7'
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JOHNNY ALF
O precursor da bossa nova faz participação especial em "Cibelle"
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XIS
O rapper retribui o dueto de Cibelle em seu disco
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MÚSICA DIFÍCIL?
Cibelle fala sobre a música que toca na TV e no rádio
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da Redação

"É música paulistana". Assim Cibelle Cavalli, 24, define a mistura de influências sonoras que apresenta em seu primeiro disco solo, "Cibelle", que acaba de ser lançado na Europa pelo selo belga Ziriguiboom.

"Não é um disco de bossa eletrônica", apressa-se em explicar. "Tem guitarra fuzz, tropicalismo, Mutantes, levadas de jazz, cuts de vinil antigo, barulho de coisas".

A explicação faz sentido. A disco de Cibelle está saindo pelo mesmo selo que lançou o disco "Tanto Tempo", de Bebel Gilberto, o que suscitou não apenas comparações com a filha de João Gilberto, mas uma suposta filiação sua à própria bossa nova.

Para a cantora, essas comparações refletem a dificuldade da crítica internacional em enxergar a música feita hoje no Brasil sem enquadrá-la como bossa nova ou como world music.

"World music é a última categoria em que você quer estar. Já pensou? Ao lado do Yanni?", brinca, referindo-se ao tecladista new age.

Para Cibelle, sua música é caracteristicamente paulistana pois bebe diretamente nas influências musicais que a cidade oferece. "Em São Paulo você vai ao Xingu e ouve electro até seu ouvido derreter, depois vai ao Lov.e e ouve drum'n'bass, depois conhece um pessoal do Recife que faz coco", enumera. "Tudo isso influencia".

Lançada pelo produtor iugoslavo radicado no Brasil, Suba (1961-1999), no seu disco "São Paulo Confessions", de 2000, Cibelle fez participações especiais no disco de Otto e Xis antes de tentar a carreira solo.

Depois de gravar uma vinheta para a MTV com o produtor Apollo 9, a cantora o convidou para fazerem juntos uma faixa, "Alcool". O sucesso da música, incluída na coletânea "Free Zone 7", indicou que a parceria estava indo no rumo certo. O passo seguinte foi fazer um disco inteiro.

O contato com o selo Ziriguiboom -que tem o brasileiro Béco Dranoff como um de seus fundadores- já estava feito desde a época de "São Paulo Confessions", e, por meio da gravadora, Cibelle chegou aos produtores do Morcheeba Chris Harrison e Pete Norris, que mixaram o disco.

O disco tem recebido resenhas elogiosas em todos os países onde foi divulgado -Inglaterra, Alemanha, Bélgica, França, Estados Unidos. O jornal inglês Independent deu à cantora o epíteto de "rainha no exílio", pois sua música seria sofisticada demais para o público brasileiro, título que Cibelle descarta.

"Acho que o público quer ouvir algo novo. Tem muita música boa no Brasil, mas o que se ouve na TV e no rádio não é tudo o que está sendo produzido", avalia.

Ainda sem gravadora no Brasil, Cibelle não sabe quando o disco sairá no país: "Espero que seja em breve, minha família e meus amigos estão me escorraçando", brinca.

Para assistir aos melhores momentos da entrevista, clique nos links acima.

LEIA TAMBÉM:
» Biografia de Suba
» Biografia de Johnny Alf
» Biografia de Bebel Gilberto

VISITE:
» Site de Cibelle Cavalli

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