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14/08/2003 - 12h00
Madonna completa 45 anos; veja linha do tempo da carreira da cantora
No último sábado (16), Madonna completou 45 anos. Em 20 anos de carreira, completados também este ano, a artista -que hoje prefere ser chamada de Esther- se estabeleceu como o maior ícone pop da atualidade, sempre capaz de atrair a atenção da mídia e do público, e causar polêmica com suas músicas, clipes ou fatos de sua vida pessoal.
da Redação
Ícone pop por excelência, Madonna construiu a partir de 83 -ano de lançamento de seu primeiro sucesso, "Holiday"- uma imagem controvertida de símbolo sexual, que lhe rendeu a admiriação de seus fãs e a censura das alas mais conservadoras da sociedade.
O ímpeto deliberado de causar controvérsia é o traço mais marcante da carreira da cantora: desde seus primeiros shows, em que se apresentava vestida de noiva, com um cinturão onde se lia "Boy Toy" ("brinquedo de menino"), até o recente clipe "American Life", em que um sósia do presidente americano George Bush acendia um charuto com uma granada-isqueiro.
No clipe de "Material Girl", um de seus primeiros sucessos, fazia uma apologia bem humorada do materialismo com uma paródia de Marilyn Monroe, e, no final dos anos 80, Madonna escandalizou católicos ao rolar no chão de uma igreja, agarrada a um santo negro, no clipe de "Like a Prayer".
A cantora abriu a década seguinte com "Justify my Love", clipe censurado pela MTV norte-americana em que andava pelos corredores de um hotel espiando e participando de orgias que aconteciam nos quartos. O clipe dava o tom para a carreira da cantora na primeira metade dos anos 90: uma sucessão de vídeos e filmes cujo tema principal era sexo.
Em 95, a cantora adotou um visual bem comportado e discreto para encarnar no cinema a primeira dama argentina Evita, no musical de mesmo nome. No ano seguinte, a cantora deu à luz sua filha Lourdes Maria, de seu relacionamento com o treinador físico Carlos León, com quem não chegou a se casar.
Após o nascimento da filha, Madonna deu um tempo dos temas abertamente sexuais. Em seu disco seguinte, "Ray of Light", de 98, a cantora fazia um balanço de sua vida, com inesperados toques de zen budismo.
2000 foi o ano de Madonna. A cantora fez manchetes por sua gravidez, pelo nascimento de seu filho Rocco, pelo vazamento de seu CD na Napster, pelo recorde de público de seu show transmitido pela Internet e principalmente por todos os detalhes que cercaram seu casamento com o cineasta inglês Guy Ritchie, num castelo escocês.
De março a setembro do ano seguinte, Madonna rodou os Estados Unidos e Europa com a turnê "Drowned World Tour", sua primeira em 8 anos. Em dezembro, saiu a coletânea "GHV2", com os maiores sucessos da cantora desde 94.
Em 2002, após as filmagens de seu primeiro longa-metragem sob a direção de Ritchie, a cantora voltou a atuar no teatro, após um hiato de 13 anos, na peça "Up for Grabs". Logo depois do final da temporada, recebida com frieza pela crítica, Madonna fez uma ponta no filme "Um Novo Dia para Morrer", de 007, para o qual também compôs a canção tema.
Em abril de 2003, a popstar lançou "American Life", em cuja capa parodia o líder revolucionário Che Guevara. Nas faixa título do disco, Madonna acusa seus compatriotas de alienados consumistas.
Adepta fervorosa da seita judaica da Cabala, a cantora -cujo nome significa "Nossa Senhora" em italiano- pediu recentemente a seus amigos que passassem a chamá-la de "Esther", nome de uma das personagens mais importantes do judaísmo (segundo o Antigo Testamento, Esther salvou os judeus de um massacre e se tornou rainha da Pérsia).
É pouco provável que os fãs da cantora atendam a esse pedido. O certo é que, aos 45 anos -20 de carreira-, Madonna já tem garantido um lugar de destaque no panteão do pop internacional.
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