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Especial Madonna
15/12/2008 - 01h00

Chuva forte não esfria primeiro show de Madonna no Rio


MARCOS BRAGATTO
Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro



Madonna fez, neste domingo (14), o primeiro show brasileiro da turnê "Sticky & Sweet", no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro. O show foi antecipado em uma hora, mas atrasou 30 minutos. Cinco minutos antes de começar, às 20h30, uma forte chuva abateu o Maracanã, lotado com 70 mil pessoas, segundo a organização. Se a cantora e o sem-número de dançarinos pouco se importaram, muito menos o público, que se virou como pôde, entre capas e casacos.

Quando um cubo formado por telões gigantes se abriu no centro do palco, o trono apareceu com Madonna já sedutora, dando início a exatas duas horas de agito salteado por três intervalos igualmente dançantes --a apresentação é dividida em quatro partes. O espetáculo é, sobretudo, teatral: as músicas são números infalíveis, cuidadosamente ensaiados e com cenas encaixadas milimetricamente.



Nem a água que sobrava na passarela do palco, que avançava em direção ao público, atrapalhou. Discretos rodos usados pelos roadies resolviam o problema, assim como guarda-chuvas de última hora cobriam Madonna e seus coadjuvantes.

Na primeira parte, duas músicas de "Hard Candy", o disco mais recente (2008), foram apresentadas: "Candy Shop" e "Beat Goes On", essa última com Kanye West e Pharrel Williams nos telões. Outra figura que também aparece em vídeo durante o show é Britney Spears. Mas o ponto alto da fase inicial foi a entrada de um carro Auburn Speedster branco que deslizou para o meio do público carregando Madonna e sua trupe.

O show de Madonna é assim: tudo desliza, para cima e para baixo, para um lado e para outro. Telões de grande resolução e tamanho se dividem em várias partes, em que imagens contracenam com a rainha do pop. Praticáveis surgem do chão e sobem colocando a cantora em destaque, ou giram para que todos possam vê-la. "Vogue", o primeiro dos hits do passado, encerrou a primeira parte em grande estilo. Madonna pouco falou, e o microfone com volume baixo não deixou o público ouvir os breves "Alô Rio!".

A entrada de dois dançarinos fantasiados de boxeadores iniciou o bloco em homenagem aos anos 80. O cenário colorido trouxe Madonna, sexy, também em trajes de boxeadora e pulando corda com uma impressionante facilidade. No fundo, ela não se interessa em mostrar se é boa cantora, mas sim que, aos 50 anos, goza de extraordinária forma física. Gesticula de forma sexy o tempo todo, seja se esbarrando, sentando no colo de dançarinos ou requebrando.

Madonna canta "Candy Shop" ao vivo no Rio de Janeiro


"Into The Groove" foi a primeira música a fazer o público esquecer do toró que caía, e "Boderline" ganhou uma surpreendente versão hard rock. Em "She's Not Me", a cantora tirou sarro de si mesma, quando, à frente da passarela que corta o público, destronou modelos vestidas como ela no passado e roubou um beijo da boca de uma das dançarinas.

Embora feito para homenagear ritmos hispânicos, o terceiro bloco trouxe um grupo folclórico romeno, que chegou a tocar uma música deles próprios, enquanto, no cantinho do avançado do palco, Madonna "bebia tequila", brindando com o público. Depois, ela cantou, só com o violão, a emocionante "You Must Love Me", do filme "Evita". "Espero que vocês não se importem com a chuva... ou vocês se importam?", perguntou ao ensopado público, antes da cantoria.

Destaque desse módulo, "La Isla Bonita" ganhou roupagem cigana, assim como as imagens exibidas no telão. Madonna incluiu músicas novas com as quais o público foi se familiarizando, como "Devil Wouldn't Recognize You" e "Spanish Lesson", que realçou o sapateado de um dos dançarinos. Ao passo que a trupe voltou para a porta de vagão de metrô, na qual se transformou o telão do fundo, imagens de ditadores deram lugar a ícones da liberdade, como o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, fechando a terceira parte.

A reta final veio com Justin Timberlake contracenando com Madonna em quatro partes do telão fracionado, num efeito que garantiu a euforia do público em "4 Minutes". "Like a Prayer" veio em seguida para manter o público nas mãos. E então, com improviso, Madonna começou a cantar uma canção infantil para a chuva parar.

Foi aí que ela anunciou a hora de um fã escolher uma música e, à beira do palco, pediu para "Fábio" fazer o pedido: "Express Yourself", que realmente não estava no programa, foi cantada por todo o público, num outro momento intimista, sem a turba de dançarinos no palco. Uma versão pesada de "Hung Up", em que Madonna parece tocar guitarra de verdade, e faz até o símbolo consagrado pelo heavy metal, foi a senha para o final, com "Give It To Me".

Sintomático Madonna pedir tudo do público, depois de duas horas sob chuva sem trégua. Àquela altura, enquanto os telões voltavam à posição inicial, em forma de cubo, todos já tinham dado sua contribuição à rainha do pop. E ela que, muito mais que um show de música, deu ao público um espetáculo visual e aeróbico.

Madonna volta a se apresentar no Maracanã nesta segunda-feira (15). Ainda há ingressos disponíveis para todos os setores.


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