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Especial Madonna
18/12/2008 - 23h55

Madonna reúne 67 mil pessoas em primeiro show em São Paulo


MARIANA TRAMONTINA
Da Redação



Atualizada às 4h02

O primeiro show da turnê "Sticky & Sweet" de Madonna em São Paulo reuniu, nesta quinta-feira (18), 67 mil pessoas no estádio do Morumbi, segundo a organização. A apresentação começou com atraso de quase duas horas, numa noite que ignorou a previsão de chuva e seguiu sem molhar o público. A cantora se apresenta novamente no local neste sábado (20) e domingo (21).

O show estava marcado para começar às 20h (há quem tinha ingresso indicando que o início seria às 19h), mas, nesse horário, quem subiu ao palco foi a atração de abertura, o DJ Paul Oakenfold. O inglês tocou por cerca de 50 minutos músicas de Nelly Furtado, Rihanna, Britney Spears e White Stripes, entre outros. Tentou distrair o público com seus remixes, mas não conseguiu aplacar a ansiedade dos fãs, que pediam aos gritos por Madonna.




Depois de quase duas horas de atraso e vaias, às 21h55 a estrela da noite deu início ao seu espetáculo "Sticky & Sweet". Do mesmo jeito que já havia acontecido outras 53 vezes por onde passou a turnê, Madonna surgiu no palco sentada num trono estilizado, com as pernas escancaradas, ao som de "Candy Shop". E emendou, na seqüência, o repertório divulgado desde agosto: "Beat Goes On" (e o famoso carro Auburn Speedster branco em cena), "Human Nature" (com participação virtual de Britney Spears) e "Vogue" (o hino de 1990).

O show é dividido em quatro blocos temáticos e a troca de estilos é sempre marcada por vídeos. O primeiro veio com "Die Another Day", o tema de James Bond executado em formato videoclipe, sem a presença da cantora no palco. Poucos minutos depois, uma nova Madonna (dessa vez em trajes de boxeadora) voltou aos holofotes para emendar uma seqüência em clima oitentista com "Into the Groove", "Heartbeat", "Borderline", "She's Not Me" e "Music".

Quando as primeiras gotas de "Rain" e "Here Comes the Rain Again" (do Eurythmics) se mesclaram em slide show, uma outra Madonna (com roupas coloridas e ares ciganos) abriu o terceiro ato. Em cima de um piano, ela cantou "Devil Wouldn't Recognize You" e embalou "Spanish Lesson", "Miles Away" e "La Isla Bonita", cedendo um momento de seu show para a apresentação de um grupo de músicos romenos.

Fez o público se emocionar empunhando um violão ao cantar "You Must Love Me", do filme "Evita". O telão mostrava imagens de fãs aos prantos, gritando "nós te amamos". Madonna aproveitou o momento para conversar: disse que estava feliz por voltar ao Brasil e prometeu não demorar tanto da próxima vez (a última vez que esteve no país foi há 15 anos).

A fase final do show trouxe um manifesto pop com clima futurista. Justin Timberlake surgiu em vários telões para fazer um dueto em "4 Minutes". E então o estádio veio abaixo com uma versão dançante de "Like a Prayer", no momento mais frenético dos fãs.

Depois de tocar "Ray of Light", Madonna fez o único improviso da noite: atender o pedido de uma música do público. "Like a Virgin", a escolhida, foi executada a capella acompanhada por todo o Morumbi, seguida pelas últimas "Hang Up" e "Give It 2 Me", que ela cantou vestindo uma camisa da seleção brasileira de futebol.

Musical
O show de Madonna é um verdadeiro musical com canções, interpretação teatral e enredo. Não há espaço para improvisos, a não ser na cena programada para isso, quando ela canta a música escolhida pelo público. No mais, o roteiro é idêntico em todas as apresentações, justificando as 653 horas de ensaio que antecederam a estréia. Mais do que ouvir os sucessos de quase 25 anos, "Sticky & Sweet" é um espetáculo visual.

Depois de tantos anos desfilando seu corpo em trajes mínimos, a forma física de Madonna já nem chama mais atenção. É clichê falar do pique que a cantora mantém aos 50 anos, seja pulando corda no palco ou se contorcendo em movimentos elásticos. Mas um ouvido mais atento ao som percebe que suas cordas vocais não acompanharam os músculos: Madonna desafina, tem voz frágil e até trêmula, por isso o apoio de bases pré-gravadas é essencial.

No palco, tudo é teatral e ela é um personagem. Ou vários. A cada ato, uma nova Madonna surge em cena. A primeira é provocadora e exagerada, com ar de superioridade frente ao homens: está sempre empurrando ou simulando chutes nos dançarinos. E prova isso beijando na boca uma de suas bailarinas. A segunda está ali para se divertir, dançar e se exercitar. A terceira traz toda a sua elegância e certa dramaticidade, enquanto a última está antenada ao mundo moderno.

Madonna funde universos, mistura estilos e recicla o passado no presente num espetáculo auto-referente. Ela faz sua própria reverência ao longo de duas horas de apresentação, como se não bastassem as homenagens e a dedicação dos fãs que a acompanham.

Vai ao show? Previna-se
Quem pretende ir aos próximos dois shows que a cantora faz em São Paulo é bom se planejar para algumas situações que podem se repetir. É aconselhável ir com roupa e sapato confortáveis: seguindo a tradição de suas apresentações no Brasil, Madonna vai se atrasar para subir ao palco e a espera é inevitável (e cansativa).

  • Veja como chegar ao Morumbi e por onde entrar com seu ingresso


  • As pessoas que optaram pela pista vip --que teve seus ingressos esgotados logo que começaram a ser vendidos-- devem se prevenir para o caso de ficarem atrás de pessoas mais altas. O piso é plano e o palco é baixo, o que dificulta ter a visão prestigiada que a área promete.

    Ficar nas arquibancadas permite uma visão panorâmica do espetáculo, mas para ver Madonna em ação seria melhor acompanhar pelos dois telões que ficam ao lado do palco, se estes não tivessem tamanhos tão modestos. Para este caso, há ambulantes vendendo binóculos por R$ 5.

    É preciso se hidratar durante o espetáculo, mas prepare-se para gastar R$ 5 com qualquer bebida (cerveja, água, refrigerante e energético) ou até mesmo com um picolé. A previsão de tempo chuvoso também mobilizou um time de vendedores de capas de chuva. Fora do estádio é possível encontrá-las por R$ 5, mas dentro do Morumbi o preço sobe para R$ 10.

    Ainda há ingressos para os shows de sábado e de domingo. As entradas disponíveis custam R$ 180 (arquibancada vermelha e azul), R$ 160 (arquibancada laranja), R$ 250 (cadeira inferior e pista) e R$ 300 (cadeira superior).

    As vendas são feitas pela Internet, no site www.ticketmaster.com.br, pelo telefone 4004-1007 ou na bilheteria do Morumbi. Nos dois dias de evento, a bilheteria 01 do estádio funcionará de 12h até o início da apresentação.


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