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Integrantes do Pussy Riot não pedirão perdão a Putin

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Imagem: AP

20/08/2012 09h46

As três integrantes do grupo de punk rock Pussy Riot, condenadas a dois anos de prisão por interpretar uma canção contra o presidente russo Vladimir Putin diante de uma catedral, não pedirão o perdão do chefe de Estado.

"Nossas clientes não pedirão perdão", afirmou o advogado de defesa Nikolai Polozov. "Elas literalmente afirmaram: 'que vá para o inferno com seu perdão'", completou.

Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Yekaterina Samutsevich, 30, e Maria Alyokhina, 24, foram condenadas na sexta-feira (17) a dois anos de prisão por terem cantado, em fevereiro, uma "oração punk" com críticas a Vladimir Putin na catedral de Cristo Salvador em Moscou.

A "oração" do grupo Pussy Riot contra Vladimir Putin


De Washington a Berlim, passando por Paris e Bruxelas e na própria Rússia, a sentença foi considerada desproporcional e grande parte da população criticou a condenação.

Nesta segunda (20), o opositor ao governo russo e ex-campeão mundial de xadrez Garry Kasparov informou que foi convocado pela polícia, que o acusa de ter mordido um agente durante o protesto, delito pelo qual pode ser condenado a cinco anos de prisão. Kasparov foi detido na sexta-feira, quando participava em uma manifestação de apoio ao Pussy Riot.