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Orquestra de São Petersburgo se apresenta em Palmira, na Síria

A citadela de Palmira, arrasada durante a ocupação do Estado Islâmico - Bryan Denton/The New York Times
A citadela de Palmira, arrasada durante a ocupação do Estado Islâmico Imagem: Bryan Denton/The New York Times

De Roma, Itália

05/05/2016 18h34

A orquestra sinfônica do teatro Mariinsky de São Petersburgo, na Rússia, fez uma apresentação no anfiteatro da cidade histórica síria de Palmira, área cujos monumentos arqueológicos foram devastados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis).

Na mesma cidade onde os jihadistas cortavam gargantas de reféns, nesta quinta-feira (5) soaram os acordes de Bach e as palavras do presidente russo, Vladimir Putin, que fez uma videoconferência de Moscou para Palmira e elogiou a luta contra o terrorismo.

"Hoje nutrimos um sentimento de gratidão por quem combateu o terrorismo e expressamos a esperança de que Palmira volte a ser um tesouro para toda a humanidade", disse Putin.

O concerto foi assistido por militares de tropas russas e sírias, por representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) de vários países, como França, Sérvia, Peru e Síria, além da população de Palmira.

Recentemente, as tropas russas completaram as operações para desativar minas terrestes e explosivos instalados em Palmira pelo Estado Islâmico.

A cidade de Palmira foi libertada do Estado Islâmico há pouco mais de um mês pelo Exército sírio, que recebeu apoio das tropas russas. A batalha durou 20 dias. O município estava sob domínio do grupo extremista desde maio de 2015.

A Rússia anunciou no fim do ano passado que enviaria tropas à Síria, a pedido do regime de Bashar al-Assad, para lutar contra o Estado Islâmico. A participação do país no conflito foi vista com ressalvas por seus adversários no Ocidente, como os Estados Unido, que atualmente lideram uma coalizão internacional que bombardeia o EI.