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Rock in Rio voltará a Madri "provavelmente em 2016", diz diretor do evento

02/02/2014 10h47

O adiamento sem data definida da edição do Rock in Rio em Madri não significa um adeus à capital espanhola, mas uma decisão tomada pela crise econômica e pela chegada a Las Vegas do festival, que "voltará" à Espanha em 2016, afirmou à Agência Efe o diretor-executivo do evento, Luis Justo.

"O anúncio dizia que era um adiamento indefinido, mas não será. Voltaremos assim que as condições do mercado permitirem, provavelmente em 2016", disse Justo em Cannes (França), onde está para participar do Mercado Internacional do Disco e da Edição Musical (Midem), maior evento mundial de empresas ligadas à musica.

O diretor explicou que os patrocinadores potenciais do Rock in Rio Madri não atravessavam um bom momento por causa da crise, que a manutenção da qualidade é uma prioridade e que decidiram centrar os esforços na organização de sua primeira edição em Las Vegas, prevista para 2015.

"(A cidade americana) é a capital do espetáculo, portanto se pode esperar o melhor cartaz possível", antecipou.

Embora os esforços estejam voltados a Las Vegas, Justo disse que também participa do projeto de criar um festival de música eletrônica, que provavelmente será itinerante e realizado em 2015 ou, "melhor", em 2016.

O empresário Roberto Medina, fundador do Rock in Rio, declarou no passado que tinha sentido falta de mais apoio político em Madri, mas esta não foi a razão do adiamento. Até porque, segundo Justo, a edição de Las Vegas será realizada sem nenhum respaldo especial das autoridades americanas.

O contrário ocorreu na Argentina, cujo primeiro festival deveria ter acontecido em 2013. "Algumas reformas políticas recentes nos fizeram temer pela segurança que o modelo do Rock in Rio requer", argumentou Justo, destacando, por exemplo, a incerteza sobre a política de câmbio entre o peso e o dólar.

O Rock in Rio terá em 2014 uma edição em Lisboa, que apesar de atravessar uma conjuntura econômica similar à espanhola, conseguiu um "recorde" quanto a patrocinadores no ano em que completa o décimo aniversário de sua primeira realização na capital portuguesa.

Nos próximos anos, disse Justo, mais um ou dois países poderão se unir à lista de sedes do festival, que pode chegar à Alemanha e ao Oriente Médio.