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Ex-baterista do AC/DC se declara culpado por ameaça de morte e posse de droga

O baterista do AC/DC Phil Rudd, durante audiência no júri de de Tauranga, em 26 de novembro - Alan Gibson/AP
O baterista do AC/DC Phil Rudd, durante audiência no júri de de Tauranga, em 26 de novembro Imagem: Alan Gibson/AP

21/04/2015 09h00

O ex-baterista da banda de rock AC/DC, Phil Rudd, se declarou culpado, perante a um tribunal da Nova Zelândia nesta terça-feira (21), de ameaçar de morte um empregado e sua filha de 10 anos, além de posse de drogas.

Segundo a promotoria, Rudd, de 60 anos, fez as ameaças por telefone no dia 26 de setembro do ano passado, o que levou à polícia a realizar uma batida na casa do músico na cidade de Matua, na Ilha do Norte da Nova Zelândia. No local, foi encontrado 0,71 gramas de metanfetamina e 130 gramas de maconha.

O músico conversou com um sócio sobre o que queria que fosse feito com o empregado e sua filha. No dia seguinte, telefonou para a vítima, perguntando se ele ia ao trabalho. Após a resposta positiva, Rudd disse que o mataria.

As ligações foram realizadas pouco depois que o primeiro disco solo de Rudd, "Head Job", lançado em agosto, não estava se sainido bem nas vendas, o que, de acordo com o site neozelandês "Stuff", enfureceu o ex-baterista, que decidiu então despedir vários funcionários, incluindo a vítima das ameaças.

O juiz do tribunal de Tauranga manteve a liberdade condicional de Rudd - que inicialmente tinha negado ter feito as ligações - até que a sentença definitiva seja emitida no próximo dia 26 de junho. O advogado Craig Tuck disse que fará um levantamento das acusações contra Rudd, em um caso que considerou como uma "ligação mal-humorada".

Em novembro do ano passado, a polícia retirou as acusações, por falta de provas. Inicialmente ele havia sido indiciado por tentar contratar um matador de aluguel. O ex-músico foi absolvido em fevereiro, por um tribunal da Nova Zelândia, por ter mentido sobre seu consumo de drogas em um relatório para renovar sua licença de piloto de helicóptero.

Baterista sem rosto
Phil Rudd, único integrante de AC/DC nascido na Austrália, se mudou para a Nova Zelândia em 1983 depois que deixou a banda, mas retornou ao grupo em 1994. O baterista saiu de novo do grupo no começo deste ano, sendo substituído por Chris Slade, com que o AC/DC fez um show na semana passada no festival Coachella, nos Estados Unidos.

Após a detenção de Rudd, o AC/DC preferiu ocultar o rosto do baterista no clipe para o single "Playball", primeiro canção divulgada do novo álbum dos australianos, "Rock or Bust".

Os integrantes do AC/DC haviam dito que a polêmica não afetaria o lançamento do álbum "Rock Or Bust", no fim do ano passado. "Só ficamos sabendo da prisão de Phil no momento em que as notícias começaram a ser publicadas. Não temos mais comentários. A ausência de Phil não afetará o lançamento do novo álbum 'Rock or Bust' assim como a turnê no próximo ano", disseram os membros do grupo em um comunicado.