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"Não sabia fazer tropicalismo do jeito que eles fazem", diz Tom Zé sobre Caetano e Gil a revista

O cantor e compositor Tom Zé, que concedeu entrevista à Rolling Stone brasileira de agosto - Divulgação
O cantor e compositor Tom Zé, que concedeu entrevista à Rolling Stone brasileira de agosto Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

14/08/2012 15h50

O músico Tom Zé garantiu em entrevista à edição brasileira de agosto da revista "Rolling Stone Brasil" que não se considera um artista como Caetano Veloso e Gilberto Gil quando o assunto é Tropicalismo, o movimento que buscou renovar a música nacional no final da década de 1960.

"Eu mudo sempre (....) Eu sou falso, é sério. No próximo disco eu não sei o que vou fazer. Como também não sabia fazer Tropicalismo do jeito que eles fazem", disse o artista ao comentar sobre como Caetano Veloso e Gilberto Gil influenciaram o movimento. "Eu tentei imitá-los nestas músicas, eu plagiei."

Ao explicar sobre o propósito do disco "Tropicália Lixo Lógico", lançado em 2012, Tom Zé diz que tentou decifrar melhor o que aconteceu à época, especialmente com a dupla de artistas baianos. Ele ainda afirmou que a genialidade de Caetano e Gil levou a cultura brasileira da "Idade Média para a segunda revolução industrial".

"Minha fonte não é o futuro, é passado", disse Tom Zé, que se intitulou como "retardista" ao invés de vanguardista. “Em tudo o que eu fiz até agora, foi o passado que me orientou. Foi a investigação do passado que me fez fazer 'Estudando o Samba' (1976), 'Estudando o Pagode' (2005) e 'Estudando a Bossa Nova' (2008)."

Comentando sobre a carreira, Tom Zé ainda revelou que quase largou tudo para ser gerente de um posto da gasolina na cidade de Irará, na Bahia.