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"A gente não sabia se os Titãs sobreviveriam sem Arnaldo Antunes", diz Tony Bellotto a revista

Formação original do Titãs em show que comemora os 30 anos da banda. (6/10/2012) - Fernando Donasci/UOL
Formação original do Titãs em show que comemora os 30 anos da banda. (6/10/2012) Imagem: Fernando Donasci/UOL

Do UOL, em São Paulo

17/10/2012 14h00

Os integrantes da formação original dos Titãs, que se juntam para fazer uma série de shows para comemorar os 30 anos de existência da banda, falaram à revista "Rolling Stone Brasil" de outubro sobre os sucessos, mas também sobre as perdas que o grupo sofreu ao longo dos anos.

Após quase dez anos de sucesso, período em que gravaram hits como "Sonífera Ilha", "Polícia" e "Homem Primata", Arnaldo Antunes, então vocalista, deixou o grupo em 1993 para seguir carreira solo. “A gente ficou muito inseguro, porque não sabia se a banda iria sobreviver sem ele”, diz Tony Bellotto, guitarrista. Mas, o novo renascimento do grupo veio em 1997, com o "Acústico MTV", álbum de maior vendagem da carreira dos músicos.

Nos anos 2000, o grupo sofreu outra perda, a morte por atropelamento do guitarrista Marcelo Fromer em 2001. O grupo finalizou o álbum "A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana", mas no final de 2002, outra morte abalou os músicos: a de Cássia Eller, o que fez Nando Reis sair da banda. “Eu não pensava em sair daquela maneira. A gente vinha de três turnês seguidas que nos mataram. Depois, sofremos a morte de Marcelo. E, para mim, a de Cássia [Eller] foi outra cacetada. Eu não queria compor e entrar no estúdio", disse o músico.

Na entrevista, o baixista e vocalista Branco Mello ainda falou sobre a oportunidade de reencontrar os antigos companheiros para tocar de novo juntos. Um show com a formação original já foi feito em São Paulo, no início deste mês. “Parece chavão, mas cada momento tem que ser especialmente desfrutado. É muito melhor curtir isso do que ficar pensando, por exemplo, se em 2022, aos 40 anos da banda, a gente vai estar por aqui”.