Pussy Riot libertada diz que governo russo vigia ligações telefônicas do grupo
Yekaterina Samutsevich, a Pussy Riot libertada pela Justiça russa, revelou em entrevista à revista “NME” que o governo do país está vigiando as ligações telefônicas das integrantes do grupo.
A ativista fez a declaração ao comentar como está seu envolvimento nas ações do grupo agora que foi solta. “Não quero sentar em casa sem fazer nada. Mas a situação é mais complicada pra mim agora, devo agir com cuidado. Eles escutam nossos telefones”.
Questionada sobre as condições na prisão, Yekaterina contou que ela e as colegas do Pussy Riot estavam sob “vigilância constante” e não tinham privacidade. “Era como em ‘Feitiço do Tempo’. Nós todas estávamos sob vigilância constante e toda nossa correspondência era lida. Comida, um banho por semana, era tudo suportável, mas se eles tentarem me levar de volta, ficarei louca”.
Campos de trabalho
As outras duas jovens integrantes do Pussy Riot que permanecem presas chegaram aos seus respectivos campos de reclusão, situados em regiões afastadas de Moscou, anunciou nesta quarta-feira (24) sua advogada.
Nadejda Tolokonikova "chegou ao campo de trabalho Nº14, na Mordóvia, e (Maria) Alejina chegou ao campo N°32, em Perm", declarou Violetta Volkova à agência de notícias Interfax.á
"Não temos informação oficial. Soube por minhas próprias fontes", acrescentou. A administração penitenciária russa tem a obrigação de informar aos familiares das jovens sobre sua chegada ao campo em um período de dez dias.
O campo Nº14 na Mordóvia (500 km a leste de Moscou) é famoso por suas duras condições de vida, enquanto o campo de Perm parece a opção mais favorável, já que está localizado em uma cidade, embora Perm esteja 1.400 km a leste de Moscou, onde vive o filho de Maria Alejina.
Tolokonikova, de 22 anos, e Alejina, de 24, são mães e foram condenadas em agosto a dois anos de prisão por terem cantado em fevereiro uma "oração punk" contra o presidente russo, Vladimir Putin, na catedral do Cristo Salvador de Moscou.
*Com informações da AFP
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.