Tony Bennett canta com a filha e distribui autógrafos em show de São Paulo
De blazer claro e até fazendo passinhos de samba no palco, o cantor americano Tony Bennett fez uma única apresentação, no sábado (1), em São Paulo, na casa de shows Via Funchal, zona sul.
Considerado o último crooner da era das big bands, Bennett cantou para uma casa lotada o que um público, que já passou dos 60 anos, na maioria, esperava: standarts, as canções típicas da música popular americana, imortalizada pelas grandes orquestras e por nomes como Frank Sinatra. Mas aos 86 anos, ele sabe se renovar, tanto que chegou a ganhar acústico na MTV e gravou duetos com Amy Winehouse e Lady Gaga.
Na plateia vip, gente poderosa como Olavo Setúbal, filho do falecido banqueiro homônimo, e Claudette Chammas, dona da butique predileta de mulheres endinheiradas das colônias árabe e libanesa, a Claudetteedecca, na Vila Nova Conceição. “Ele é um dos poucos artistas da era dos anos dourados. Não perderia por nada, pois ele canta como se estivesse na sua casa”, disse a empresária fashion.
Como em Hollywood
O show começou pontualmente as 22h. O que causou certa confusão para as pessoas se acomodarem, ainda mais com muitos espectadores em cadeiras de rodas ou com auxílio de andadores e bengalas se locomovendo no escuro e desviando dos atendentes das mesas.
Quem abriu a apresentação foi Antonia, filha do cantor, de 38 anos. De longos cabelos ruivos e um tubinho preto recebeu aplausos com sua voz doce e mostrando que gosta de bossa nova. Em seguida, Bennett é chamado ao palco. Visivelmente satisfeito, encanta o público que aplaude sem parar.
Ele canta boa parte de seus hits como “I Left My Heart in San Francisco”, “The Shadow of Your Smile”, “Smile” , “The Way You Look Tonight” e “Maybe this Time”, imortalizada por Liza Minelli, no filme "Cabaret". Ele chama Antônia e ambos cantam “Old Friends” fazendo uma coreografia que evoca os sapateados da era dos musicais hollywoodianos. A plateia vibra. Tony recebe com carinho flores e até dá autografo em pleno palco.
Mas mesmo de sorriso estampado o tempo inteiro, deixa o palco se dar bis, frustrando parte do público, no final do show. A piadinha entre as rodas é que ele não esquece uma noite na clássica boate paulistana Gallery, em 1985, quando o dono da cada, José Victor Oliva, acabou, sem querer, esbarrando seu braço no cantor e tirando sua peruca do lugar.
Bennett tinha passado por São Paulo pela última vez em 2011, quando também cantou numa festa na casa do banqueiro Luis Octávio Indio da Costa, recentemente indiciado por fraude e irregularidades.
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