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Elton John desfila clássicos para mais de 11 mil pessoas em SP

Elton John apresentou o show da turnê "40th anniversary of the Rocket Man" no Jockey Club, em São Paulo. O cantor passará ainda por Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte - Fernando Donasci/UOL
Elton John apresentou o show da turnê "40th anniversary of the Rocket Man" no Jockey Club, em São Paulo. O cantor passará ainda por Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte Imagem: Fernando Donasci/UOL

Carlos Minuano

Do UOL, em São Paulo

28/02/2013 05h01

Com pontualidade britânica, às 20h30, Elton John abriu a turnê brasileira na noite desta quarta (27), no Jockey Clube, em São Paulo. Durante duas horas e meia, fiel ao seu piano, o cantor inglês desfilou clássicos para um público de mais de 11 mil pessoas. Aos 65 anos, e em sua quarta visita ao país, o artista comemora quatro décadas da canção que o lançou pela primeira vez ao topo das paradas: “Rocket Man”, do disco, “Honky Château”, de 1972.

Além da esperada seleção de hits, milhares de fãs, que lotavam a enorme estrutura a céu aberto, foram brindados com uma apresentação sem chuva. No palco, um Elton John carismático e tranquilo também foi presenteado por uma plateia diferente da que encontrou na sua última visita ao Brasil, no Rock in Rio de 2011. Na ocasião, alardeado como principal atração do evento, show foi ofuscado por adolescentes que sequer sabiam quem ele era.

Desta vez foi diferente. Logo que apareceu no palco, de óculos azuis e terninho brilhante, o público vibrou. Mais afoito, um grupo de senhoras sessentonas subiu na grade de segurança e gritou o nome do ídolo ao ouvir o primeiro acorde no piano, da canção “The Bitch is Back”, do álbum "Caribou", de 1974. Elton, em silêncio e de braços abertos, agradeceu, antes de retomar o espetáculo com “Bennie and the Jets”, do antológico “Goodbye Yellow Brick Road”, de 1973. Sétimo disco de estúdio, que integra a seleta lista dos 200 álbuns definitivos do Rock and Roll Hall of Fame.

Mais jovem, porém não menos exaltada, a professora aposentada, Nádia Trevelin, 48, bem perto do palco também tentava agarrar o astro pop. “Amo o Elton desde os 13 anos de idade”, explicou. Junto da amiga, a ex-aluna, desenhista de moda, Daniella Strachino, chegou às 17h, isso porque o seu ingresso tinha lugar marcado. “Do contrário tinha chegado um dia antes”, diz. Um segurança tentava, sem sucesso, desgrudar Nádia da grade. “Desculpe, sou surda”, respondia ao insistente funcionário. “Não saio daqui nem morta”, cochichou à reportagem do UOL.

“Boa noite São Paulo!”, saudou o músico antes de anunciar outra do mesmo álbum, a “Grey Seal”. Em seguida, Elton John mandou ver mais uma das antigas. “Levon”, do “Madman Across the Water”, de 1971. O público feminino foi reverenciado com “Tiny Dancer”, do mesmo álbum. “Essa é para as belas garotas”, disse o artista, enquanto fãs respondiam agitando bexigas coloridas.

Sem bexiga, mas com um sorriso largo, a jovem e animada, Bianca Logiudice, de 19 anos, fez jus à homenagem. Feliz da vida, não parou de dançar um instante. Ao lado do tio, ela aproveitou a noite para comemorar. Além de passar no vestibular, ganhou o ingresso para o show em um concurso de uma revista.

  • Carlos Minuano/UOL

    Bianca Logiudice e o tio Antonio Carlos no show de Elton John em São Paulo. Para ela, o som de Elton John é atemporal. "Ele toca também os jovens", diz

Para ela, o som de Elton John é atemporal. “Ele toca também os jovens”, diz. Após quase duas dezenas de outros sucessos, a canção preferida da garota encerrou a noite, em clima romântico: a “Your Song”, do segundo disco do artista, de 1970, que rendeu uma indicação ao Grammy.

Novo disco

Elton John, que ainda se apresenta em mais quatro cidades, Porto Alegre (5/3), Brasília (8/3), Belo Horizonte (9/3) e Olinda (10/3), tem novidades. O cantor inglês anunciou um novo trabalho que deve ser lançado em setembro deste ano, “The Diving Board”, trigésimo álbum de sua carreira.

Segundo a revista Billboard, o disco – que está para sair do forno – apresenta uma fase mais adulta do músico, com mais piano do que todos os anteriores e sonoridades que vão do gospel ao blues, sem dispensar boas pitadas de jazz e com direito até a uma valsa. “Tudo o que amo na música americana”, confirmou o artista.

Garoa ameaçou molhar a festa em São Paulo
Na última parte do show, durante a execução de “Don't Let the Sun Go Down n Me” – também  do "Caribou", de 1974 – por alguns segundos, uma chuvinha ameaçou "molhar" a festa. Centenas sacaram rapidamente suas capas de chuva.

Mas antes do final da música, muitas delas já estavam jogadas de lado, totalmente desnecessárias. Foi só uma garoa renitente que cessou completamente antes do fim do espetáculo. “Eu nem sei onde foi parar a minha”, comentou uma fã.

 

Confira as canções do show de Elton John em São Paulo:

The Bitch is Back
Bennie and the Jets
Grey Seal
Levon
Tiny Dancer
Believe
Mona Lisas and Mad Hatters
Philadelphia Freedom
Candle in the Wind
Goodbye Yellow Brick Road
Rocket Man (I Think It's Going to Be a Long, Long Time)
Hey Ahab
I Guess That's Why They Call It the Blues
Funeral for a Friend/Love Lies Bleeding
Honky Cat
Sad Songs (Say So Much)
Daniel
Sorry Seems to Be the Hardest Word
Skyline Pigeon
Don't Let the Sun Go Down on Me
I'm Still Standing
Crocodile Rock
Saturday Night's Alright for Fighting
Your Song