"Jonatics" resistem a novas bandas e montam esquema para ver Jonas Brothers
Lá se foram dois anos desde a última vez em que os Jonas Brothers pisaram em solo brasileiro. De lá para cá muita coisa mudou. Os irmãos Kevin, Joe e Nick cresceram, apostaram em carreira solo e o mais velho, Kevin, casou. Nesse tempo, outros ídolos teen surgiram e ocuparam esse espaço deixado pelo trio. Porém, os fãs não deixaram de acreditar na volta do grupo e se mantiveram fiéis. Agora, os “Jonatics”, como são chamados, se preparam para reencontrar os ídolos a partir desta sexta (8), quando a banda inicia a turnê brasileira com um show em BH, antes de seguir para São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Em tempos de bandas como One Direction, The Wanted e Big Time Rush, os fãs dos Jonas Brothers continuaram firmes mesmo com o hiato do grupo, que durou quase três anos. Assim como os irmãos, eles também cresceram e garantem possuir o mesmo fôlego de 2009, quando o trio se apresentou no Brasil pela primeira vez. A estudante carioca Isabella Fernandes, de 16 anos, acredita que o tempo em que eles passaram longe dos holofotes foi o principal fator para a perda de fãs.
“Acho que o número de fãs diminuiu muito simplesmente por eles terem ficado muito tempo fora da mídia. Muitas pessoas que se diziam ser fãs deixaram de ser por conta disso. Nesse tempo eles mudaram bastante. Acredito eu que eles amadureceram muito, tanto profissionalmente, mas como pessoas também. Eles significam muito pra mim, porque eles foram meus primeiros ídolos e eu os admiro de uma forma surreal”, disse a jovem, que vai ao show do Rio de Janeiro.
Marcela Alves, Jéssica Hong Chen Zheng e Isabella Fernandes, fãs cariocas dos Jonas Brothers
Surpresas e recepção calorosa
Os Jonas Brothers estouraram na cena musical em 2007, com o álbum homônimo do grupo, que incluía o hit “S.O.S”. Com o lançamento do segundo álbum, “A Little Bit Longer”, os irmãos se tornaram os primeiros na história com três discos no Top 10 da Billboard ao mesmo tempo (incluindo a trilha sonora do filme “Camp Rock”). Em 2009, eles lançaram “'Lines, Vines and Trying Times”. O hiato que fez com que os Jonas ficassem um tempo sem lançar nada de novo não teve a ver com algum desentendimento, garantem os fãs, que prometem uma recepção calorosa.
“A nossa equipe criou um grupo no Facebook e convidou mais 20 pessoas, fãs é claro, para ajudar a criar as surpresas. Pensamos em coisas diferentes, e que desse para todo mundo levar e segurar durante o show. No dia, combinamos de levar as surpresas para dar para as pessoas que não levaram. Também compramos presentes como um pandeiro para o Joe, que ele adora, com a bandeira do Brasil”, disse a fã Aline Pedrão, de 18 anos, dona do site Jonas Brothers.com, de São Paulo.
Camisas, cartazes, almofadas e até balões em forma de coração. Vale de tudo para agradar os ídolos. A gritaria nos shows promete ser ensurdecedora, mas não é para menos. Afinal, não é qualquer banda que fica anos parada e continua com seguidores tão dedicados: “Eles são os caras mais incríveis do mundo! Além de talentosos, eles conseguem ainda retribuir todo o carinho dos fãs e isso não tem preço. São artistas completos e sem dúvidas, os meus maiores ídolos!”, declarou o cearense José Matheus Costa de Moraes, de 18 anos, fã dos irmãos desde 2008.
Tal paixão levaram os Jonas Brothers ao sucesso. Desde 2007, eles já venderam 20 milhões de cópias em todo mundo e entraram para o Guinness, o livro dos recordes, por serem o grupo com mais singles no Top 20 norte-americano no período de um ano (cinco singles em 2009). Eles receberam a primeira indicação ao Grammy em 2008, na categoria Best New Artist, e ganharam mais de 50 prêmios em todo o mundo, incluindo um American Music Award.
Exemplo de vida
Para a carioca Jéssica Hong Chen Zheng, de 16 anos, a admiração pelo grupo tem um motivo especial: assim como o caçula Nick Jonas, a estudante também sofre de diabetes. Com uma verdadeira coleão de revistas e CDs em casa, Jessica contou que vê no cantor um exemplo de vida. A fã diz que passou a encarar a doeça de outra forma e busca nas músicas do trio a sua inspiração, principalmente o sucesso “A little bit longer”, escrita por Nick sobre sua luta contra a diabetes.
“Antes de conhecer os Jonas, eu me sentia perdida e sempre me perguntava por que era diabética. Depois que eu vi que o Nick era diabético, eu comecei a ver a minha diabetes de um modo totalmente diferente, como ele mesmo diz 'Antes eu me perguntava 'por que eu? Agora eu me pergunto 'por que não eu?'. Eu aprendi a nunca desistir de sonhar e que nada, nem mesmo a diabetes vai me impedir de fazer algo que eu queira”, disse a estudante.
Ao chegar ao Citibank Hall, local do show no Rio de Janeiro, na próxima terça-feira (12), a fã espera ver um Jonas Brothers mais amadurecido: “Você não pode esperar que depois de dois anos eles voltem a ser as mesmas pessoas que eram antes, as pessoas crescem, mudam e amadurecem. Eu não acho que eles mudaram de um jeito ruim, como muitas falam, apenas acham que eles cresceram, tanto pessoalmente quanto musicalmente”, afirmou a estudante.
Loucuras de fã
Para um verdadeiro fã, toda loucura é pouca. Que o dia a estudante Larissa Ribeiro dos Santos, de 18, de São Paulo, que chegou a faltar aula e se perder pela cidade para ver os Jonas de perto. Ela contou ainda que tem perdido horas de sono na expectativa pelo show de domingo (10). “Eu matei aula e fui atrás do hotel, cheguei lá depois de me perder três vezes quando a recepcionista me disse que eles não estavam hospedados lá. Eu comecei a chorar e voltei para casa. Mas valeu a pena”, disse ela.
Já a carioca Cassia Cristina Duarte da Silva, também de 18 anos, trocou uma viagem de 15 anos pelo show dos Jonas Brothers, em 2009: “Para os meus pais foi uma grande loucura! Já em 2011, eu persegui a van quando chegavam ao Vivo Rio e fui pisoteada por outros fãs que também estavam correndo. Eu faria tudo para eles. Eles são sinceros, amorosos e, principalmente, são carinhosos com os fãs. Tenho muito orgulho de ser fã desses caras”, disse.
Jonas Brothers no Brasil
Belo Horizonte (MG)
Quando: 8 de março (sexta-feira)
Quanto: Entre R$ 110 e R$ 280
Onde: Chevrolet Hall - Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – São Pedro.
Classificação: De 8 a 13 anos, com entrada permitida somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Acima de 14 anos desacompanhados.
São Paulo (SP)
Quando: 10 de março (domingo), às 20h.
Quanto: Entre R$ 45 e R$ 500
Onde: Credicard Hall - Av. das Nações Unidas, 17.955 – Santo Amaro.
Classificação: De 8 a 13 anos, com entrada permitida somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Acima de 14 anos desacompanhados.
Rio de Janeiro (RJ)
Quando: 12 de março (terça-feira), às 21h30.
Quanto: Entre R$ 100 e R$ 450
Onde: Citibank Hall - Av. Ayrton Senna, 3.000 - Shopping Via Parque - Barra da Tijuca.
Classificação: De 8 a 13 anos, com entrada permitida somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Acima de 14 anos desacompanhados.
Porto Alegre (RS)
Quando: 14 de março (quinta-feira), às 21h.
Quanto: Entre R$ 60 e R$ 200
Onde: Pepsi on Stage - Av. Severo Dulius, 1995 – São João
Classificação: De 8 a 13 anos, com entrada permitida somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Acima de 14 anos desacompanhados.
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