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Plateia reclama de interferência de som entre palcos do Lollapalooza

Estefani Medeiros, Mário Barra e Natália Guaratto

Do UOL, em São Paulo

29/03/2013 19h46Atualizada em 29/03/2013 23h45

Uma das falhas mais apontadas no Lollapalooza 2012 voltou a acontecer na edição deste ano. A plateia que acompanhou o show da banda Cake no Palco Butantã reclamou da interferência do som que vinha da tenda Perry, onde estão acontecendo as apresentações de artistas do estilo eletrônico.

O problema é percebido principalmente por quem se posiciona do lado direito do palco, como foi o caso do norte-americano John Evans. "Os dois palcos estão muito próximos. Está atrapalhando muito", disse.

Mesmo aqueles que tentaram fugir da música eletrônica, indo para o lado esquerdo do palco Butantã, reclamaram. "Estava do lado esquerdo e o barulho da 'barraca' do lado interferiu", afirmou o paulistano Marcos.

Em um certo momento da apresentação, a plateia chegou a gritar: "Aumenta o som, aumenta som". A interação entre o vocalista John McCrea o público também foi dificultada, afinal não era possível entender direito o que o cantor dizia. "Não entendi porque ele falou tanto, parecia uma palestra, mas o setlist foi legal", disse Marcos.

De fato, o show ficou mais animado no fim, quando o Cake tocou sua conhecida versão para "I Will Survive", hit gay eternizado por Gloria Gaynor, e o sucesso "Never There".

Algumas pessoas chegaram a desistir do show, como foi o caso de Ludmilla Domingos, estudante de Rádio e TV. "O som estava horrível, então preferi não ficar pilhada, passando raiva, e saí de lá", disse.

Mesmo assim, o carismático vocalista John McCrea tentou animar o público, que compareceu em bom número à apresentação. O vocalista destacou a cultura brasileira ao conversar insistentemente com o público, chegando a tentar uma identificação com os paulistanos ao fazer comentários sobre o trânsito da cidade. Com tanta falação, parte do público começou a deixar o local.

Of Monsters and Men
Fãs de Of Monsters and Men, banda que se apresentou um pouco antes no palco Butantã, também reclamaram da proximidade entre os palcos. "Fui para o outro lado, mas não adiantou. Achei até que o show foi desanimado porque as pessoas não conseguiram se concentrar na banda", contou Caroline Maciel, estudante de 18 anos. "No ano passado aconteceu a mesma coisa, parece que não aprenderam", lamentou.

Ainda assim e mesmo sob chuva, o grupo islandês conseguiu conquistar a simpatia do público, que dançou, aplaudiu e fez coro nas músicas mais animadas, como "Little Talks" e "Mountain Sound". O setlist contemplou o repertório do disco "My Head is an Animal".

No palco, quem se destacou pela empolgação foi o baterista Arnar Rósenkranz Hilmarsson, que deixou o instrumento em vários momentos para pedir animação ao público.