Excluídos da Virada, metaleiros criam "palco alternativo" em frente à Galeria do Rock

Insatisfeitos com a programação de rock da Virada Cultural 2013, um grupo de amigos fãs de metal resolveu, por conta própria, criar um palco alternativo em frente à Galeria do Rock, a poucos metros da agitação oficial dos demais palcos do evento.

Com instrumentos carregados por uma perua Kombi branca, eles se instalaram o Largo Paissandú e se revezam. São 16 bandas de diversos subgêneros de metal em uma espécie de programação paralela, que inclui a banda Test, do vocalista João Kombi, não por acaso um dos pais da ideia.

João conta que o primeiro show com a Kombi foi em 2011 e já rendeu até um documentário no YouTube. Para ele, essa e é uma boa opção para o público e para as bandas.

"Para quem curte esse tipo de som [metal mais pesado], é a única opção. Vem um monte de gente que não conhece e curte. Pra gente, a programacão [oficial] de rock não existe", explica. É a terceira vez que João traz a ideia para a Virada. "Na primeira vez foi só o Test, na segunda vieram tocar dez, duas desistiram e hoje temos 16. Vai até as quatro da manhã."

O público, formado por jovens e adultos fãs de rock, se reveza em pequenas rodas de bate-cabeça e agita as apresentações mesmo sem conhecer todas as músicas das bandas, todas independentes. "Achei a programação de rock meio fraca. Pra mim, que gosto de ouvir barulho, essa foi a melhor opção que encontrei", diz o estudante Luis, de 25 anos.