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Depois de lançar cerveja, Taylor Hanson diz que não esqueceu gosto da cachaça brasileira

Isaac, Taylor e Zac Hanson chegam ao Brasil para shows no Rio de Janeiro (no dia 20) e em São Paulo (21) - EFE/ Paul Buck
Isaac, Taylor e Zac Hanson chegam ao Brasil para shows no Rio de Janeiro (no dia 20) e em São Paulo (21) Imagem: EFE/ Paul Buck

Estefani Medeiros

Do UOL, em São Paulo

18/06/2013 11h55

Desde a última passagem pelo Brasil, em 2011, algumas coisas mudaram na família Hanson. O vocalista, Taylor, já foi pai do quinto filho, e o baterista, Zac, descobriu recentemente que será pai de seu terceiro rebento. Além das crianças, o trio também trouxe ao mundo sua primeira cerveja, "Mmmhops" – referência ao hit lançado em 1997. E, com a passagem pelo Brasil em julho, apresenta "Anthem", seu nono álbum de estúdio.

Em entrevista ao UOL, Taylor disse que após 17 anos de carreira é tão difícil emplacar um hit nas paradas quanto fermentar uma boa cerveja. "Olha, atualmente está difícil de qualquer forma chegar ao primeiro lugar da parada, mas conseguir fazer uma cerveja com um bom gosto e de sucesso também é bem complicado", disse entre risos.

Acho que agora voltamos maiores, pensando principalmente nesse novo trabalho. Ele fala sobre liberdade, sobre saber que o futuro é agora, sobre como viver o momento

Taylor Hanson

Taylor revelou que não fez a cerveja com as próprias mãos, mas disse que não é só um rótulo criado com o nome da banda. "Nós não somos os responsáveis pelo trabalho de produção e fermentação. Mas nós somos apaixonados pelo sabor da Pale Ale, e pela ideia de ter uma cerveja nossa. Participamos das degustações até que ela estivesse do jeito que nós gostamos, assistimos o processo bem de perto."

"Anthem" com influências do Pink Floyd e Queen
O mesmo aconteceu com o novo álbum, lançado por um selo próprio. "Acho que agora voltamos maiores, pensando principalmente nesse novo trabalho. Ele fala sobre liberdade, sobre saber que o futuro é agora, sobre como viver o momento. Quando fizemos 'Shout it Out', estávamos há muito tempo sem lançar algo e neste já estamos mais aquecidos, escrevemos as músicas no verão".

As influências continuam as mesmas do início da carreira. "Tivemos influências de bandas como Queen e Pink Floyd. Tudo isso contribuiu para um álbum com mais qualidade. Também temos muito mais Zac nos vocais."

Além de "Get The Girl Back", single lançado em junho, as músicas novas devem chegar ao país com a banda. "É sempre difícil fazer um setlist que contemple os velhos e os novos fãs. Nós temos nove álbuns para tocar. Também estamos ansiosos para tocar as músicas novas para o público brasileiro. Já fizemos shows sem "Mmmbop" e com ela. Ela é importante para nossa carreira, mas o público gosta do conjunto."

Na capa do álbum, em que a banda aparece com ar mais sério, são apresentados três ícones: uma lâmpada, um raio e uma chama de fogo, que tentam representar o processo criativo por trás das músicas. "Um representa energia, o outro ideias e o calor que elas chegam é o terceiro. E todos juntos mostram o valor que esse álbum tem, da paixão de fazer algo com significado aparentemente simples, mas que reúne o nosso melhor."

Ele contou ainda que a banda vem para o Brasil com um sentimento diferente. "Os 30 anos são uma idade emblemática. Para mim, era só mais um ano, mas acho que se revelou uma hora de acordar. De direcionar energia para coisas novas, fazer as coisas com mais persistência. É desafiador continuar em uma carreira musical depois de tanto tempo".

Taylor disse que não se lembra de alguns shows que fez no Brasil, como a primeira apresentação na Avenida Paulista, no Prédio da Gazeta, em 2000. Falou que não tem tempo de conhecer artistas brasileiros contemporâneos. "Queria ter mais tempo para ser fã de música". Mas conta que uma coisa que não esqueceu foi o gosto da cachaça. "Eu lembro de uma vez ter experimentado, e achei muito bom. É bem forte. Também lembro de ter tocado samba", comenta entre risos. A banda se apresenta em 20 de julho, no Rio de Janeiro, e 21 de julho, em São Paulo.