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"Damos risada de quem nos odeia", diz baixista do Nickelback

O baxista Mike Kroeger, fundador do Nickelback - Divulgação
O baxista Mike Kroeger, fundador do Nickelback Imagem: Divulgação

Leonardo Rodrigues

Do UOL, de São Paulo

05/09/2013 14h02

A banda canadense que todos amam odiar, segundo os próprios integrantes, está de passagem comprada para o Brasil. O Nickelback se apresenta pela primeira vez no país no próximo dia 20 de setembro, no palco principal do Rock in Rio 2013. Vinte e quatro horas depois, estarão no estádio do Morumbi, em São Paulo. Nas duas noites farão o "esquenta" para o show principal: Bon Jovi.

O fato de serem alvo constante dos "haters" desde o início da carreira, no entanto, parece não incomodar muito os integrantes. Em entrevista por telefone ao UOL, o baxista Mike Kroeger, irmão do vocalista Chad Kroeger, disse que, no início, a pecha até pesava, mas isso agora é passado.

"Não entendo a mentalidade do 'odiador'. Você entende? São pessoas que desperdiçam tempo e energia em coisas que elas não gostam. Além disso, os outros podem pensar que ninguém mais possa gostar da banda, o que não é verdade", afirmou. "Mas isso é engraçado. Eu gosto de ler esse tipo de coisa na internet. Isso nos faz dar risada. Aprendemos a lidar. Não seria lá muito inteligente se irritar."

O incômodo, de fato, não faria sentido. Grupo de rock canadense de maior sucesso no mundo, o Nickelback escala a casa de 50 milhões de discos vendidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, só perde para os Beatles entre bandas estrangeiras. "Quando você escuta nossa música, você ouve melodias que ficam imediatamente grudadas na sua cabeça. Desculpe, mas não há como se livrar delas [risos]. E também temos letras com as quais as pessoas que entendem inglês conseguem se identificar no dia a dia. Essa é a nossa qualidade."

  • Carlo Allegri/Reuters

    O vocalista Chad Kroeger, do Nickelback, se apresenta com a banda em Nova York

Para a estreia em solo brasileiro, no Rock in Rio, que marca também a primeira passagem pela América do Sul, o grupo seguirá a praxe dos hits. "How You Remind", "Me, Someday" e "Photograph" puxarão a fila. "Estamos muito empolgados para desembarcar logo no Brasil. Eu amo a cultura brasileira. Além disso, tocar no festival será uma grande realização. Todo mundo do planeta conhece o Rock in Rio. Acho que é o maior festival do mundo."

Fã do jiu-jitsu da família Grace, da capoeira, do Sepultura e do "incrível" Ronaldinho Gaúcho, Chad Kroeger é membro fundador de uma banda assumidamente discreta, que dificilmente se mete em confusões ou aparece por algum motivo que não seja a própria música --ainda que por vezes odiada.

"Somos canadenses. Em toda regra há exceção, claro, mas o canadense é conhecido por ser muito pé no chão, realístico. Como artistas, somos preocupados em não fazer certas coisas. E somos educados. Ninguém quer ser um babaca. Não agimos desse jeito, nem procuramos ser assim".

Sobre o sucessor do álbum "Here and Now", lançado em 2011, o baixista adianta que o álbum deve sair apenas no final de 2014. Por ora, ele e os companheiros seguem compondo as músicas, ainda embrionárias, entre intervalos da turnê e outros compromissos. "Ainda não temos um título. E essa é sempre a parte mais complicada. Meu Deus! Compor músicas é fácil, comparado a isso. É a coisa mais devagar que fazemos. Você tem que escolher um nome que goste e que conecte as ideias. Poderíamos ficar pensando nisso para sempre."