Topo

"Acho que não vou lavar a boca nunca mais", diz fã que beijou Jon Bon Jovi

Do UOL, em São Paulo

21/09/2013 05h46

Rosana Guedes, a fã que foi chamada ao palco e beijada por Jon Bon Jovi no Rock in Rio, não escondeu a emoção em sua conta no Twitter após o show desta sexta (20).

"Acho que não vou lavar a boca nunca mais", escreveu Rosana. "Será que eu conseguirei dormir hoje, amanhã e depois e depois?", continuou ela, que havia conversado anteriormente com o UOL, e disse que tinha certeza de que seria chamada novamente ao palco. "Foi a melhor noite da minha vida".

A subgerente veio de Campinas para o show de Bon Jovi com um objetivo: repetir um episódio de 1995, em que o cantor a chamou para subir ao palco. E conseguiu. Durante toda a música "Who Says you Can't Go Home", ela ficou ao lado de Jon Bon Jovi, fez backing vocal e ganhou um selinho na boca.

Logo após a apresentação, a fã postou em sua página no Twitter uma foto do visor da câmera fotográfica que usou para tirar uma foto do momento em que subiu ao palco do Bon Jovi. "Ainda não estou acreditando!", escreveu.

Durante o dia, Rosana já havia contado ao UOL que esteve em oito shows que a banda fez no Brasil e que em 1995, quando levou um cartaz em um show na Apoteose, no Rio, foi convidada a subir no palco.

"Foi emocionante, chorei muito. Tenho certeza que ele vai me chamar hoje novamente", disse ela na ocasião, que levou uma faixa para o cantor relembrar o ocorrido.

Após dois meses afastados do palco, metade do Bon Jovi subiu ao Palco Mundo para fechar o quinto dia do Rock in Rio 2013 com um punhado de hits, algumas baladas açucaradas e uma homenagem aos Rolling Stones. A banda se apresentou no Palco Mundo --encerrando o dia que recebeu Nickelback, Matchbox Twenty e Frejat-- com uma apresentação de mais de 2 horas muito concorrida no início, mas que se mostrou morna, arrastada e com alguns erros.


Nickelback e Matchbox Twenty

Além do Bon Jovi, passaram pelo Palco Mundo, nesta sexta-feira, o músico brasileiro Frejat e as bandas internacionais Machtbox Twenty e Nickelback, ambas em suas primeiras passagem pelo país.

Exemplo clássico do perfil de "ame ou odeie" que parece recair sobre praticamente todas as atrações deste quinto dia de Rock in Rio, os canadenses do Nickelback - liderado por Chad Kroeger, atual marido da cantora Avril Lavigne - são ao mesmo tempo uma das bandas que mais vendeu discos no mundo, mas também uma das mais perseguidas pelos odiadores (os "haters") da internet. Ao contrário do que se poderia esperar, porém, o grupo não teve de enfrentar vaias e foi acompanhado pela plateia do início ao fim da apresentação com um repertório que alternava faixas mais pesadas como "Animals" a baladas como "Photograph" e "How You Remind Me".

Já o Matchbox Twenty ajudou a esquentar o público para o Bon Jovi cantantando sucessos radiofônicos como "3 A.M." e "Unwell" e "Push". "So Sad So Lonely", do álbum "More Than You Think You Are" (2002), com seus solos e pegada mais roqueira, foi uma das faixas que mais cativaram o público, que acompanhou com palmas, enquanto o vocalista descia do palco para cumprimentar o fãs. "Procuramos por isso [tocar no Rock in Rio] durante nossa vida inteira", afirmou o vocalista Rob Thomas logo no início da apresentação.

Velho conhecido do Rock in Rio, Frejat teve a responsabilidade de abrir o Palco Mundo, com show recém-saído do forno. Encarnando um crooner romântico, o cantor e guitarrista deu o pontapé na nova turnê com o sugestivo nome "O Amor é Quente" --título de sua nova música, cujo clipe foi lançado nesta sexta-feira (20) exclusivamente pelo UOL. O tal show novo não teve tantas novidades assim. Fora a música inédita, Frejat cantou "Divino, Maravilhoso", famosa na voz de Gal Costa, "A Minha Menina", de Jorge Ben, e "Não Quero Dinheiro", de Tim Maia, além de sucessos do Barão Vermelho e Cazuza como "Malandragem", "Bete Balanço" e "Pro Dia Nascer Feliz".

No Palco Sunset, conhecido por duetos e encontros de diferentes artistas, o destaque foi o show de Ben Harper, que estreou no Rock in Rio ao lado do lendário bluesman Charlie Musselwhite. O espaço ainda recebeu apresentações The Gift e Afrolata, Grace Potter and The Nocturnals e Donavon Frankenreiter e Mallu Magalhães com a banda Ouro Negro.

Recebida com gritos de "linda" e "maravilhosa" dos fãs, Mallu agradou uma plateia formada essencialmente de jovens. Quando a Banda Ouro Preto, conhecida por acompanhar o jazzista Moacir Santos, ficou sozinha no palco, parte do público começou a dispersar.

A vez do rock no Rio

A segunda parte do Rock in Rio, que se estende até domingo e conta com atrações mais roqueiras e pesadas do que na semana passada, teve início nesta quinta. O destaque da noite foi a apresentação do Metallica, que voltou ao festival após dois anos, com repertório que revirou praticamente toda a discografia da banda em um show de 2 horas e 10 minutos de duração.

O saudosismo também deu as cartas no show dos veteranos do grunge Alice in Chains, que levaram os fãs de volta ao ano de 1992, época em que a banda lançou "Dirt", um de seus álbuns mais celebrados, que ajudou a compor o repertório da apresentação.

Principal palco do festival, o Mundo teve ainda nesta quinta os brasileiros do Sepultura, que tocaram junto com o grupo francês de percussão Tambours du Bronx, e os suecos do Ghost BC, em sua apresentação performática repleta de provocações à igreja católica que não animou muito o público da Cidade do Rock.

Pelo Palco Sunset, passaram nesta quinta-feira dois antigos conhecidos dos fãs de rock no Brasil: o ex-Skid Row Sebastian Bach e Rob Zombie, que já tinha vindo ao país em 1996 à frente da banda de metal White Zombie.