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"Estou dando a minha cara para bater", diz Rodrigo Andrade sobre novo disco

Rodrigo Andrade segura o microfone invertido - Reprodução/You Tube
Rodrigo Andrade segura o microfone invertido Imagem: Reprodução/You Tube

Sabrina Grimberg

Do UOL, no Rio

31/10/2013 18h44

 Em seu terceiro disco, Rodrigo Andrade se prepara para lançar o álbum “30 anos”, nome provisório, entre dezembro e janeiro. Assim como nos trabalhos anteriores, o cantor, que vive o fisioterapeuta Daniel de “Amor à Vida’, segue na pegada do sertanejo.

“Estou dando a minha cara para bater. Fazendo o que eu acredito, sem me importar muito com o lado comercial. Estou resgatando as minhas raízes”, disse Rodrigo, neto de sertanejo, e, desta vez, com muito mais visibilidade por conta do trabalho no horário nobre.

Prestes a se tornar um balzaquiano, no dia 17 de dezembro, Rodrigo Andrade não acreditou quando a música “30 anos”, composta por Paula Matos, chegou às suas mãos. A canção traz versos como “eu vejo as crianças no nosso jardim, com desenho na mão, lápis de colorir, uma casa no campo como você sempre quis” e “eu vejo um espelho e cabelos brancos no mesmo sorriso de 18 anos”.

“A primeira vez que ouvi a música, eu fiquei todo arrepiado. Foi uma coincidência muito grande, apesar de eu achar que na vida nada acontece por acaso”, disse o cantor, acrescentando que a letra fala de um estilo de vida que ele quer para si.

“Sou muito família. Tenho vontade de ter filhos, casar e ter um relacionamento duradouro”, planeja Rodrigo, que namora há apenas dois meses a empresária Joyce Alvares de Paulo. Por conta disso, eles ainda não fazem planos de casamento. “Estamos há muito pouco tempo juntos. Temos que nos conhecer melhor e ver se dá certo mesmo. Tem muitos quilômetros para rodar”.

Com referências na música como Bryan Adams, Bruno, da dupla com Marrone, e Paraná, da parceria com Chico Rey, Rodrigo Andrade confessa que quando começou a cantar se esforçava para ficar parecido com eles. No entanto, a fase passou e, de uns anos para cá, ele diz já ter seu próprio estilo.

“Hoje eu sou ator e por conta disso eu melhorei muito na música como cantor. Posso dizer que interpreto a música num estilo único e a minha voz, que é um pouco rouca, já não lembra a de ninguém”, garantiu. “No início, eu odiava a minha voz. Era uma vergonha. É a mesma coisa quando você se vê na TV pela primeira vez. Hoje, eu já gosto muito do meu timbre de voz”, confessou.

Rodrigo também não tem preferência por qual carreira tem preferência. “Vou conciliando os dois desde a minha primeira novela [“Ciranda de Pedra, em 2008], só que a carreira de ator decolou antes, apesar de eu ter começado na música. Hoje, eu vivo tranquilamente como cantor, mas jamais vou deixar de atuar ou cantar. Uma carreira complementa a outra”, afirmou Rodrigo, com a certeza de que no meio musical já é respeitado como cantor, mas para o grande público, “ainda falta muito”.

Quando tinha 14 anos, Rodrigo sofreu um acidente, quebrou o braço, e, por fim, acabou fazendo daquele jeito estranho de segurar o microfone uma de suas marcas. “Algumas pessoas até falam mal, mas é o meu jeito. Os amigos até brincam e invertem o microfone quando eu chego nos shows e eles estão no palco cantando”, contou ele, todo orgulhoso.

Antes de “30 anos”, Rodrigo Andrade lançou um álbum autoral demo e “Sete”, disco que saiu em turnê passando até por cidades de Portugal e Espanha. "Fiz shows para cinco mil pessoas. E eu achava que ia para lá para cantar em boate. Foi show mesmo", relembrou.