"Dilma é de uma estupidez galopante", diz Lobão no Roda Viva
O músico Lobão foi o entrevistado desta segunda-feira (2) no programa "Roda Viva", na TV Cultura e com transmissão do UOL. Respondendo a jornalistas, o artista, que em novembro passou a integrar o time de colunistas da revista "Veja", falou principalmente sobre política, e não poupou o PT nem o atual governo da presidente Dilma Rousseff. "Dilma é completamente inapta, não sabe falar, não sabe fazer nada. É de uma estupidez galopante", disse o músico, um "ex-petista".
Lobão, que afirmou ser contra qualquer regime tipo de ditadura, também comentou sobre seu mais recente livro, "Manifesto do Nada na Terra do Nunca", no qual descreve o episódio que deu início ao regime militar como a "Revolução de 64", espécie de saída para a iminente "ameaça comunista". "Pelo que vejo das ditaduras comunistas, de Cuba, da ex-URSS, Venezuela, tudo indica que a gente se safou de algo muito pior."
Na entrevista, Lobão aproveitou para alfinetar os "rebeldes chapa branca" das manifestações no Brasil, além de disparar contra os desafetos Pablo Capilé, do coletivo Fora do Eixo, e Mano Brown, dos Racionais MC's.
Sobre música, alvejou a MPB, as gravadoras e até o rock nacional de sua geração, descrito como "bunda mole". "O problema [do rock nacional] foi o advento do punk: quanto pior, melhor. Isso atrelado à uma imitação que era muito grande."
Na entrevista, ele ainda se autoproclamou o "inventor da música independente no Brasil", quando deixou sua gravadora para lançar em 1999 de forma independente o álbum "A Vida É Doce" --encartada na extinta revista "Outra Coisa", de propriedade dele.
Questionado sobre uma "grande bobagem que tenha feito", o músico mencionou o caso em que foi ao "Domingão do Faustão", no dia da eleição presidencial de 1989, coberto de bótons do PT, em apoio à candidatura de Lula.
Lobão praticamente só deixou o tom polêmico de lado ao falar sobre a morte dos pais, ambas por suicídio. "Não consegui lidar com isso de forma muito tranquila. Minha mãe tentou se matar quase 20 vezes. (...) Só me considerei livre desse luto quando escrevi meu último livro."
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