Morre aos 83 anos o guitarrista de jazz americano Jim Hall
O guitarrista de jazz Jim Hall morreu nesta terça-feira (10), aos 83 anos. Segundo a mulher do músico, Jane Hall, ele morreu em casa, em Nova York, enquanto dormia. A causa não foi divulgada.
Um dos principais músicos do gênero, Hall influenciou artistas Pat Metheny e Bill Frisell com sua técnica sutil e estilo instrospectivo. Tocou ao lado de nomes como Ella Fitzgerald, Sonny Rollins, Gerry Mulligan, Ornette Coleman e Paul Desmond. Líder de seu próprio trio de jazz desde os anos 60, continuava na ativa até pouco antes da morte.
Em novembro, tocou no Lincoln Center com os guitarristas convidados John Abercrombie e Peter Bernstein e estava planejando uma turnê pelo Japão com o baixista Ron Carter no ano que vem. Em 2004, tornou-se o primeiro guitarrista de jazz moderno a ser nomeado para o National Endowment for the Art Jazz Master, o principal prêmio do estilo nos Estados Unidos.
"Jim foi um dos mais importantes guitarristas de improvisação na história do jazz. Sua generosidade musical foi uma reflexão de seu profundo humanismo", disse o guitarrista Pat Metheny, seu parceiro musical.
Hall nasceu em dezembro de 1930, em Buffalo, no estado de Nova York. Criado em Cleveland, aprendeu a tocar guitarra aos 10 anos e se interessou pelo jazz aos 13. Depois de se formar no Cleveland Institute of Music, mudou-se para Los Angeles e foi um dos fundadores do quinteto Hamilton. Seu primeio álbum foi "Jazz Guitar", lançado em 1957. Mais tarde, mudou-se para Nova York, onde tocou com Ella Fitzgerald, Ben Webster, Lee Konitz e Art Farmer.
Durante a carreira, integrou diversos duos, trios e quartetos e lançou trabalhos de selos como Milestone, Concord, Music Masters e Telarc . Neste ano, lançou discos ao vivo de sessões apresentadas no clube de jazz de Nova York Birdland.
Para sua filha e empresária, Devra Hall Levy, as proezas do pai como guitarrista ofuscaram suas habilidades como arranjador e compositor, que se refletem em álbuns lançados nos anos 90, como "Textures" e "By Arrangement".
"Esses álbuns abriram meus olhos para uma outra dimensão de seus dons musicais. Ele estava sempre procurando expandir as fronteiras musicais e nunca repetir algo que ele tinha feito antes", disse a filha.
*Com informações da AP
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