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Roberto Carlos terá dois shows por ano na Globo, diz empresário

Carlos Minuano

Do UOL, em São Paulo

22/02/2014 14h29

Roberto Carlos fará dois shows por ano na Globo, afirma Dody Sirena, empresário do artista, em entrevista ao UOL. Além do tradicional especial de Natal, fará outro, a pedido da emissora. Em setembro deste ano, ele toca em Las Vegas. Em 2015, o especial será gravado na Itália.

A Itália na realidade deveria vir antes. A ideia de tocar no país, e de fazer dois especiais por ano na Globo, não é de hoje. Começou a ser pensado logo após o evento em Jerusalém, show inicialmente planejado para ser um especial de Natal, mas que foi antecipado devido ao clima. “Faz muito frio por lá em dezembro, impossível realizar qualquer coisa ao ar livre”.

O show acabou acontecendo em setembro de 2011, e com o sucesso do evento, Globo e Roberto decidiram prosseguir com as viagens pelo mundo. O segundo, que seria na Itália, em 2013, não aconteceu. “Roberto não quis por causa do número 13”, diz Sirena.

Devido ao TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) de Roberto Carlos, o show foi transferido para 2014, mas teve novamente a data alterada, desta vez por razões mais comerciais.

“A Itália representa tanto para a carreira dele, que Roberto achou por bem gravar um disco todo em italiano antes desse show nos moldes do que foi feito em Jerusalém”, explica o empresário.

Para que ele tenha tempo de produzir e preparar esse trabalho, que será lançado simultaneamente na Itália e no Brasil, show foi reagendado para 2015, em junho ou setembro, de acordo com Sirena. 

Roberto Carlos anda trabalhando (e viajando) mais do que nunca. No início do ano durante a décima edição do cruzeiro “Emoções em Alto Mar”, que aconteceu entre 8 e 12 de fevereiro, já anunciou o próximo destino: Las Vegas.

Chamado de “Emoções em Las Vegas”, o pacote inclui cinco dias em Las Vegas na primeira semana de setembro deste ano, com direito a shows e passeios.

Troca de navio
O empresário de Roberto Carlos também comentou a troca de navio do cruzeiro “Emoções em Alto Mar”. Até 2012 aconteceu no Costa Victoria, este ano para a edição comemorativa de dez anos, a escolha foi pelo Preziosa.

Segundo Sirena, desde o início do projeto, opção sempre foi pela melhor e maior embarcação. “Até 2012, o navio da Costa era o maior, mas desde o ano passado começou a ter como concorrente a MSC (empresa que administra o Preziosa)”.

Com o crescimento do turismo náutico, outros navios devem chegar ao mercado. Ainda assim, de acordo com Sirena, em 2015, o cruzeiro de Roberto Carlos deverá ser novamente no Preziosa. “Como negócio, o Preziosa é muito mais interessante, o Costa tinha capacidade para 2.700 pessoas, aqui estamos com mais de 4 mil”.

O empresário afirma ter recebido de Roberto Carlos e de convidados um retorno positivo em relação ao transatlântico, mas passageiros ouvidos pela reportagem reclamaram do tamanho.

“Achei muito grande para conhecer em quatro dias”, reclamou Miguel Elias, 65, que esteve em todos os cruzeiros com exceção do primeiro.
Pela terceira vez no cruzeiro, Luiz Fernando Capela, 52, também não gostou do tamanho do navio. “O outro por ser menor, era mais aconchegante”, diz.

O empresário de Roberto Carlos nega boatos de que a mudança de navio esteja relacionada à saída do comandante Michele De Gregório.
Amigo do artista, desde a segunda edição, ele esteve à frente do cruzeiro “Emoções”. Após o acidente com o Costa Concorde na ilha italiana de Giglio, em 2012, ele não esteve mais em cruzeiros no Brasil.

“Reconhecemos a amizade, soube que ele havia sido transferido para a área de cargueiros da empresa, mas nossa decisão de troca não teve nenhuma relação com isso”.

Neste ano, Gregório recebeu Roberto Carlos no porto de Santos, antes do embarque no cruzeiro e o presenteou com um quepe.

Falso alarme
O empresário Dody Sirena também comentou o falso alarme durante o último cruzeiro de Roberto Carlos, no dia 10 de fevereiro. Segundo o MSC Cruzeiro, foi um alarme falso e que um passageiro teria avistado um objeto que poderia ser um corpo, mas a companhia identificou como sendo apenas lixo.

Sirena elogiou a rapidez no atendimento ao alarme dado por um passageiro de que alguém teria caído do navio. “Foi uma demonstração de o quanto a empresa prioriza a segurança”.

Ele, no entanto, reclamou da forma que o comandante deu a noticia, que causou transtorno e tumulto entre passageiros. “Comunicado poderia ter descrito o que de fato aconteceu, que um passageiro avistou algo no mar, e que poderia ser alguém, informando sobre manobras que seriam feitas para prestar socorro, ao invés de levantar suspeitas de que alguém teria caído do navio”, finaliza Sirena.