Topo

Luiza Possi e Detonautas encarnam Kurt Cobain em especial da Rádio UOL

André Cáceres e Laura Catta Preta

Do UOL, em São Paulo

04/04/2014 05h00

Nos 20 anos da morte do vocalista do Nirvana, Kurt Cobain, a Rádio UOL preparou um especial em vídeo com Luiza Possi acompanhada por Thiago Coiote, Detonautas, Onze:20, Aliados e Volcano tocando suas versões de canções consagradas da banda que mudou os rumos do rock nos anos 90.

Kurt Donald Cobain nasceu em Aberdeen, no estado de Washington, pequena cidade próxima a Seattle , em 1967. Um dos anos chave da história do rock, foi quando saiu o revolucionário “Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, assim como os álbuns de estreia de The Doors, David Bowie, Pink Floyd e do conterrâneo Jimi Hendrix.

Maior cidade do noroeste americano, Seattle foi o berço do gênero que viria a ser conhecido como grunge. Inspirado numa mescla dos elementos de punk,  heavy metal e garage rock, o movimento começou a aparecer em meados da década de 1980 e ganhou força total no início da década seguinte, quando recolocou o rock nas paradas de sucesso após um período árido.

OUÇA O MELHOR DO NIRVANA NA RÁDIO UOL

Junto a nomes como Pearl Jam, Alice In Chains, Soundgarden e Mudhoney, foi o Nirvana quem popularizou o gênero e elevou o gênero. Encabeçada pelo rapaz magro de cabelos loiros que cantava letras melancólicas com vocais rasgados em meio a acordes agressivos e timbres sujos, a banda estreou em 1989 com o álbum “Bleach”, lançado pelo lendário selo Sub Pop. Apesar do sucesso restrito ao cenário independente, o trabalho já dava a cara que viria a seguir misturando melodias grudentas ao barulho ensurdecedor das guitarras.

Para a surpresa de todos, a banda estourou do dia para a noite no final de 1991 com o lançamento do segundo álbum “Nevermind”, após assinar com uma grande gravadora. O trabalho, que conta com os hits “Smells Like Teen Spirit”, “Come As You Are”, “In Bloom” e “Polly”, tornou-se rapidamente um clássico do rock. 

Em 1993, “In Utero” manteve o padrão de qualidade do antecessor, mas a banda já demonstrava claros sinais de desgaste. Mesmo no auge da carreira, os problemas pessoais de Kurt Cobain afetavam sua convivência com os companheiros.

As frequentes discussões, o uso desenfreado de drogas, o relacionamento inconstante com a esposa Courtney Love, a depressão do músico e sua desilusão com o sucesso culminaram em um acontecimento trágico no dia 5 de abril de 1994. Com uma ascensão meteórica e uma morte polêmica, a vida de Kurt Cobain foi intensa e encontrou um ponto final inesperado. 

Há 20 anos, seu suicídio marcava o fim de uma era que mal havia começado e já dava frutos significativos para a música. Um tiro disparado contra a própria cabeça encerrou de maneira dramática a carreira de um dos grandes ídolos do rock nos anos 1990.

Existem teorias conspiratórias sem evidências conclusivas de que Cobain  teria sido na verdade assassinado. O interesse em torno do caso é grande, com documentários e diversos artigos tratando do assunto, mas a polícia de Seattle desmente qualquer possibilidade de hipótese contrária à de suicídio. 

Só podemos imaginar o impacto do Nirvana num mundo pós-internet. Duas décadas após a morte de Kurt Cobain, a banda continua influenciando o rock e talvez teria se tornado ainda maior se sua carreira não tivesse sido interrompida.