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Livro fala sobre quando Michael Jackson emprestou chimpanzé a Bon Jovi

Michael Jackson e seu chimpanzé de estimação Bubbles - Reprodução
Michael Jackson e seu chimpanzé de estimação Bubbles Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

25/06/2014 11h17

Um novo livro sobre a vida conturbada de Michael Jackson também lança luz sobre fatos pouco conhecidos que envolveram o excêntrico astro da música pop. Um dos capítulos de "Michael Jackson, Inc: The Rise, Fall and Rise of A Billion-Dollar Empire", lançado nos Estados Unidos no início deste mês, relata o encontro inusitado da banda Bon Jovi, novata no estrelato, e o rei do pop, na década de 80. As informações são do site The Hollywood Reporter.

Em setembro de 1987, Jon Bon Jovi e seus companheiros estavam lidando com a estrondosa repercussão de "Slippery When Wet", que havia catapultado o grupo ao estrelato internacional um ano antes. Naquele mês, eles fizeram alguns shows em Tóquio para um público de 20 mil pessoas. Perto dali, Michael também fazia apresentações, só que para um público de 135 mil em três noites. Por conta disso, todos estavam hospedados no mesmo hotel.

Uma noite, Frank Dileo (empresário de Michael) perguntou se Bon Jovi e seus companheiros gostariam de conhecer o astro do pop, convite que o roqueiro aceitou contente. O hotel, projetado coma uma palma da mão, tinha um ala inteira reservada a Michael Jackson e pessoas próximas a ele.

O empresário levou Bon Jovi e os músicos por um longo corredor, no qual o vocalista só fez uma pausa para ajeitar os cabelos e apagar o cigarro antes de abrir a porta. "O quarto estava reformado e redecorado", disse Bon Jovi. "Eles colocaram espelhos nas paredes para que Jackson pudesse ensaiar, e um piso de madeira no mesmo lugar. Desnecessário dizer que dinheiro não era um problema".

Jackson ainda não estava no local quando eles entraram. Então, Bon Jovi e os amigos esperaram no sofá. Quando Michael apareceu, estava com um look parecido com os da turnê Bad: todo de couro preto e fivelas, uma camiseta colada e cintos sobre o ombro. "Quando ele entrou na sala, seus olhos precisavam focar novamente", contou Bon Jovi.

Ainda iniciantes em matéria de estrelato, os músicos contaram fatos curiosos dos recentes shows que haviam na Austrália. Eles já estavam tão famosos que tiveram que comprar perucas e bigodes para evitar os paparazzi. O único jeito de sair do hotel era dentro de uma van da lavanderia. Jackson sorriu, concordou, sem nunca dizer que ele passava por isso desde os dias de Jackson 5.

"Conversamos brevemente e ele não poderia ter sido melhor", disse Bon Jovi. "Nós não parávamos de dizer: 'Michael, vocês está aqui, cara, e nós estamos apenas dois andares abaixo de você. Vamos lá para baixo'", contou. Mais uma vez, Michael balançou a cabeça e sorriu. De volta ao seu andar, Bon Jovi tinham esperança de rever Michael, mas a cada minuto, eles tinham certeza de que o ídolo nãoapareceria. Mas a banda teve uma grande surpresa quando Jackson mandou o chimpanzé Bubbles para entretê-los. "Nós ficamos muito bêbados, fizemos guerra de água, batemos porta, coisas típicas de rock stars dos anos 80. E colocamos toda a culpa no Bubbles".

Jackson nunca desceu, mas isso não teve nada a ver com antipatia, mas sim com foco de trabalho. "Enquanto estávamos surtando com Bubbles, ele estava praticando sua coreografia", contou Bon Jovi. "Enquanto estávamos sendo bobos e aproveitando o sucesso, ele praticava, mesmo após os shows, porque ele estava ultra-ulber-focado em ser Michael Jackson. A benção foi a maldição".