Prefiro morrer a viver com tubos, diz Ozzy, defensor da eutanásia
O vocalista do Black Sabbath, Ozzy Osbourne, deu detalhes nesta quinta-feira (3) do pacto de suicídio que mantém com a mulher, a empresária Sharon Osbourne, revelado em 2007 na biografia “Sharon Osbourne Survivor: My Story - the Next Chapter”.
Segundo Ozzy, se um deles tiver uma doença neurológica ou estiver em condição inválida, dependendo de aparelhos para sobreviver, a clínica de suícidio assistido Dignitas, na Suíça —que permite a prática—, será acionada.
“Se eu não puder viver minha vida do jeito que eu estou vivendo agora —e não quero dizer financeiramente—, então irei para a Suíça”, disse ao tabloide britânico “The Mirror”.
"Se eu não puder me levantar e ir ao banheiro sozinho, e tiver tubos na minha bunda e um enema na minha garganta, então pedirei para Sharon desligar a máquina. Se eu tiver um derrame e ficar paralisado, não quero estar aqui”, afirmou o músico, que pretende deixar sua fortuna à mulher e, em segunda instância, aos filhos.
O pacto foi firmado após Ozzy sofrer um acidente de quadriciclo, em 2003, quando fraturou oito costelas e quase perdeu parte dos movimentos. Em 2007, Sharon admitiu que a morte do pai, o empresário Dan Arden, que sofria de Mal de Alzheimer, também teve forte influência na decisão do casal.
"Nós acreditamos 100% na eutanásia. Eu vi meu pai se deteriorar em uma velocidade tão rápida que ele se tornou uma casca dele mesmo, babando, usando fraldas e amarrado a uma cadeira de rodas porque ele não se lembrava que não podia mais andar”, disse Sharon na época.
Atualmente, Ozzy está em turnê com o Black Sabbath na Europa. A banda, que se reuniu em 2011, estuda encerrar mais uma vez suas atividades em julho de 2014.
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