Cru e sem convidados, ao vivo dos Paralamas remonta ao primeiro Rock in Rio
Novo álbum vivo dos Paralamas do Sucesso, “Os Paralamas do Sucesso 30 Anos” erra no timing —a turnê comemorativa é de 2013— e acerta no repertório, um “mais do mesmo” feito apenas de hits infalíveis, a maioria deles dos três primeiros álbuns, que ocupam mais da metade da edição em CD simples.
Estão nele as inevitáveis "Vital e Sua Moto", “Óculos”, “Meu Erro” e “Alagados”, assim como as boas representantes dos anos 1990 “Uma Brasileira”, “Lourinha Bombril” e “Busca Vida”. Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone jogam para o público, o que sabem fazer como ninguém.
A apresentação em formato de coletânea é uma clara tentativa de tornar o lançamento atrativo, tentando afastar o caráter de “caça-níqueis” (discos ainda geram níqueis?) e diferenciando-o de outros álbuns de shows. E são muitos. Nenhuma banda da geração 1980 lançou tantos, nem o Engenheiros do Hawaii. Ao todo, os Paralamas têm sete ao vivo (oito, considerando “Paralamas e Titãs Juntos e Ao Vivo”), contra apenas doze de estúdio.
Comparado aos demais discos de shows, “Os Paralamas do Sucesso 30 Anos” é um bom álbum, com perfomance correta e sem novidades. Focado apenas nos sucessos, dispensa as inéditas de “Vamo Batê Lata” (1995) e as participações especiais de “Uns Dias Ao Vivo” e “Multishow Ao Vivo: Os Paralamas do Sucesso” (2011). São, felizmente, apenas os Paralamas.
Como de praxe, todas as imperfeições do show, registrado em outubro no Citibank Hall do Rio, foram corrigidas. E de forma até discreta se comparada ao exagero dos discos discos ao vivo de hoje em dia.
Em termos de setlist, é o que mais se aproxima da segunda apresentação do grupo no Rock in Rio de 1985, lançada apenas em 2007. Com o repertório fresco de “Cinema Mudo” (1983) e “O Passo do Lui” (1984), o show revelou ao Brasil um rock energético e de bermudas, nitidamente inspirado em ska e no The Police. É essa a aura que o novo trabalho tenta perpertuar, mais uma vez gravado no Rio, agora acrescido de teclados e naipe de metais.
Músicas mais recentes, compostas após o acidente de avião que deixou Herbert em uma cadeira de rodas, foram incluídas apenas na edição do DVD. É nele que estão os hits menores, como “De Perto”, “O Calibre” e “Meu Sonho”, além de canções de menos apelo do clássico álbum “Selvagem?” e as covers de "Como uma Onda" e "Que País É Este".
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