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Fresno mostra novo fôlego em gravação de DVD de 15 anos da banda

Marina Tonelli

Do UOL, em São Paulo

17/10/2014 08h18

Após promessas e desencontros em relação ao lançamento de um segundo DVD, a banda Fresno realizou a gravação de comemoração aos 15 anos de carreira nesta quinta-feira (16), no Áudio Club, na zona oeste de São Paulo. Acompanhados pelos fiéis seguidores adolescentes vindos de diversas partes do país, que em sua grande maioria carregavam tatuagens com o símbolo da banda, os gaúchos optaram por um setlist previsível, mas que conseguiu ilustrar as várias fases ao longo dos anos.

Apresentados ao público pelos vocalistas Mi Viera, do Glória, e Teco Martins, do Rancore, a banda surgiu no palco dentro de uma estrutura de LED que reproduzia imagens 3D. Entre os gritos, abriram o show com a agitada “À Prova de Balas”, do EP “Eu sou a Maré Viva”, e mostraram a faceta mais crítica e menos chiclete da banda, agora mais afastada dos holofotes de uma grande gravadora.

“Demorou, mas estamos aqui. Quantas vezes falaram que isso aqui iria acabar?”, comentou Lucas Silveira em tom de brincadeira em uma das diversas interações com o público. O vocalista se referia aos boatos de que a banda chegaria ao fim logo após a saída do ex-baixista Rodrigo Tavares em março de 2012 e a quebra de contrato com o produtor Rick Bonadio. A resposta para a pergunta veio na sequência com “A Minha História Não Acaba Aqui”, música que criticava o cenário musical voltado apenas às aparências. 

Em 2 horas e 15 minutos de show, o grupo tocou 25 músicas e hits como “Alguém Que Te Faz Sorrir”, “Desde Quando Você Se Foi” e “Quebre as Correntes”, música que consagrou o grupo em 2006 no auge do “emo” ao lado de bandas como Nx Zero e Dance Of Days. Mas foi com a música “Diga, Parte 2”, do álbum “Infinito”, que a voz de Lucas Silveira foi abafada pelo coro estridente da plateia.

Mais maduros em suas composições, mas sem deixar para trás a essência romantizada e sofredora, os gaúchos apresentaram pela primeira vez a música “Acordar” que estará presente no novo álbum ainda sem data de lançamento.

“Desde os 15 anos de idade que a gente sabe que tem que estar na estrada e passamos por muita coisa ruim, mas muita coisa boa, inclusive esse momento”, filosofa Lucas Silveira em um dos momentos finais do show. “Tem gente que revida com soco, mas a gente revida com música”, finalizou para tocar “Revanche”, do álbum de mesmo nome, que encerrou o show com um grande bate-cabeça para delírio do público.