Tocando Joy Division e New Order, Peter Hook emociona público em SP
Em um show que durou mais de duas horas, nesta sexta (31), no Clash Club, em São Paulo, o baixista Peter Hook fez o público cantar junto, pular, gritar e se emocionar, enquanto tocava clássicos de suas antigas bandas Joy Division e New Order.
Fora do New Order desde 2006, devido a desavenças com o guitarrista e vocalista Bernard Sumner, o músico parecia querer provar que o show que faz com seu grupo atual, The Light, é muito mais autêntico do que o apresentado pela atual formação do New Order, que, segundo ele, não passa de uma fraude. E muitos dos que estiveram na apresentação devem agora estar pensando sobre isso. A performance de Peter Hook é de tirar o fôlego.
Apesar de ter como base os discos “Low Life” (1985) e “Brotherhood” (1986), do New Order, o show, que foi dividido em três “atos”, começou às 23h50 com um punhado de clássicos da banda mais antiga, Joy Division. Imitando a voz grave do vocalista Ian Curtis —que se suicidou, pondo fim à carreira do grupo em 1980—, Hook abriu com a soturna “Atmosphere”, seguida por “Transmission”, cujo refrão —“dance, dance, dance to the radio”—, já fez o público delirar e gritar com toda a força.
Ao todo, foram sete músicas do Joy Division. Além das já citadas, Hook tocou “Ceremony”, “Disorder”, “Isolation”, “She’s Lost Control” e “Shadowplay”, deixando o palco em seguida para dar lugar à música dos alto-falantes. Estava terminado o primeiro ato.
Após um descanso de cerca de 15 minutos, a banda voltou ao palco para tocar o “Low Life”. “Love Vigilantes”, que abre o disco e quase nunca faz parte do setlist atual do New Order, fez o público berrar alucinado, assim como “Perfect Kiss”, tocada na sequência, como na ordem do álbum. É fato que o vocal grave de Hook se adapta melhor às músicas do Joy Division —e por isso ele contava com o apoio do guitarrista David Potts para cantar nos trechos que exigiam uma voz mais aguda—, mas ninguém estava ligando para isso.
Após “Low Life” ser tocado na íntegra, a banda novamente deixou o palco para mais um descanso. Dos músicos e da plateia, que já estava mais do que satisfeita e emocionada. Mas logo as luzes tornaram a se apagar e os alto-falantes silenciaram para o início do terceiro ato do show. E vieram os clássicos do “Brotherhood”. “Bizarre Love Triangle”, uma das músicas mais icônicas do New Order e o maior hit do grupo, causou comoção geral, como era de se esperar.
Terminando o set do disco com “Every Little Counts”, Hook ainda deu de presente ao público “Temptation”, single lançado pelo New Order em 1982, antes de deixar o palco. Talvez alguns tenham sentido falta de alguns outros clássicos, como “Love Will Tear Us Apart” e “Blue Monday”, mas a maioria dos fãs, com certeza, saiu satisfeita. E já passava das 2h da manhã.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.