"É ridículo", diz Paul sobre Beatles estarem em livros de história

Em um arroubo de modéstia, o ex-beatle Paul McCartney afirmou nesta segunda (29), em uma conversa com fãs em seu site oficial, que o fato de os Beatles estarem em alguns livros de história é algo inacreditável, beirando o "ridículo" —ainda que lisonjeiro.

"Ridículo porque nós [Beatles] nunca estudamos nada. Simplesmente amávamos nossa música popular: Elvis, Chuck Berry, Little Richard, Fats Domino etc. E não era o caso de 'estudá-los'", disse o músico, que recentemente encerrou sua turnê mundial, "Out There", com dois shows em São Paulo. "Eu acho que teríamos arruinado a música deles se tivessemosos os estudado. Nossa lição era escutá-los."

Na conversa, Paul afirmou ainda que não acredita que o estudo teórico possa fazer de uma pessoa um grande músico. "Pensar que você pode ir para a universidade e sair como um Bob Dylan? Algo como Dylan não pode ser fabricado", disse Paul, que, no entanto, reconheceu a importância de escolas de ensino superior como a Liverpool Institute for Performing Arts (LIPA), da qual é cofundador.

Solícito, Paul também comentou sobre o conteúdo de suas letras, além de ter resgatado a origem de personagens clássicos de músicas, como "Polythene Pam", presente no álbum "Abbey Road".

"Ela era alguém que o John conheceu. Houve uma noite selvagem em algum lugar e essa menina estava vestida com um monte de polietileno [risos]. Então ela era conhecida como uma 'Pam de Polietileno'. Ela era real! E, bem, eu gostaria de ter sido uma mosca naquela parede."

No início deste mês, após finalizar sua mais recente excursão, McCartney revelou que os protestos motivados por mortes de jovens negros por policiais brancos nos Estados Unidos o haviam inspirado a compor.