Topo

Acusado de Plágio, autor de "Blurred Lines" canta e toca piano em tribunal

Robin Thicke já polemizou no palco do VMA cantando com Miley Cyrus e posando rodeado de garotas seminuas para capa de revista. Agora, tenta se defender da acusação de plágio movida pela família de Marvin Gaye. - Reprodução
Robin Thicke já polemizou no palco do VMA cantando com Miley Cyrus e posando rodeado de garotas seminuas para capa de revista. Agora, tenta se defender da acusação de plágio movida pela família de Marvin Gaye. Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

26/02/2015 19h25

Teve início na última quarta-feira (25) o julgamento da acusação de plágio feita pela família de Marvin Gaye em relação à música "Blurred Lines", de Robin Thicke e Pharell Williams. Os parentes de Gaye, morto em 1984, moveram uma ação contra os músicos no ano passado, afirmando que a canção é uma cópia da de "Got to Give It Up", lançada em 1977.

E, logo no primeiro dia, a defesa escolheu uma forma diferente de agir. Thicke cantou e tocou piano em um medley de músicas que continha desde “With or Without You”, do U2, até “Let It Be”, dos Beatles, e “No Woman No Cry”, de Bob Marley.

A estratégia é mostrar que muitas músicas têm acordes e melodias similares, sem serem necessariamente copiadas umas das outras. O argumento da defesa é de que, de acordo com a lei de direitos autorais da época, a família de Gaye só tem direitos sobre as partituras, e não sobre as gravações. Assim, o que está em julgamento é apenas a música na forma como foi escrita – que seria distinta de “Blurred Lines”.

Disputa

Com duração prevista para oito dias, o julgamento teve início com os próprios autores movendo uma ação contra a família de Gaye por declarações de que "Blurred Lines" seria plágio. Depois, os filhos do cantor, Frankie Gaye e Nona Gaye, oficializaram a acusação de apropriação indevida.

Os jurados vão analisar as supostas similaridades entre a composição original e a gravação do sucesso de 2013 de Thicke e Williams. A família de Gaye alega que o lucro dos cantores é de cerca de US$ 40 milhões e que, de acordo com as práticas de licenciamento, eles devem pagar metade disso.

A defesa, por sua vez, respondeu que a canção quase não foi rentável e argumentou que o sucesso da faixa não se deveu apenas à música, mas também a seu vídeo, que tem participações das modelos Emily Ratajkowski, Elle Evans and Jessi M'Bengue sem roupa (veja abaixo).

Em abril do ano passado, Thicke disse em depoimento à Justiça que estava "chapado" quando compôs seu grande hit, e que a música é, em sua maioria, da autoria do cantor Pharrell Williams.