Com antítese de "Happy", Corgan mostra que Smashing Pumpkins ainda vive
Aos 48 anos, Billy Corgan já terminou e recomeçou o Smashing Pumpkins, trocou todos os músicos que o acompanham, lançou discos novos pouco relevantes à sua discografia, mas ainda se sustenta na melancolia juvenil dos anos 1990. E é o que show ainda traz de melhor.
Desta vez, ele concorreu com o show do Pharrell Williams, que começou na mesma hora, às 20h30, no palco principal do Lollapalooza -- com a maior parte do público do festival --, justamente o pop radiofônico que Billy tanto odeia publicamente.
As novas aquisições para os shows de divulgação do álbum mais recente, "Monuments to An Elegy", são de peso. O baterista do Rage Against the Machine Brad Wilk e o baixista do Killers Mark Stoerman não inovaram, mas defenderem dignamente, e em alto e bom som, o repertório da banda, como "Tonight, Tonight", "Bullet with Butterfly Wings", "1979" e "Drown", com destaque para a longa e metaleira "United States", do álbum "Zeitgeist", que marcou a volta dos Pumpkins em 2007. Até as novas "Being Beige" e "Drum + Fife" foram bem recebidas.
Enquanto Pharrell puxava os fãs para subirem ao palco, Billy, que até então não havia conversado com o público, resolveu desabafar. Em "Disarm", balada do clássico álbum "Siamese Dream" (1993) -- e acompanhada com choro pelos fãs na grade --, Billy parabenizou Perry Farrell, criador do festival, pelo aniversário neste domingo (29), e fez questão de lembrar do seu, comemorado há duas semanas.
Billy ainda é o mesmo cara de 28 anos, fazendo os mesmos solos e cantando cada verso dos antigos sucessos como se se recusasse a assumir a verdadeira idade. "Vocês perderam meu aniversário, fiz 28. Tô bem com 28, não?", brincou, relembrando a idade em que o Smashing Pumpkins estava no topo.
"A vida é boa e ruim, meu gato morreu quando eu estava aqui na América do Sul", revelou. Parecendo emocionado, emendou. "Mas eu gosto muito de estar aqui tocando para vocês".
O público, que não debandou mesmo nas músicas mais desconhecidas, agradeceu. No final, enquanto Pharrell tocava "Happy", Billy encerrou o show melancolicamente com as dores de um adolescente de "Today" no violão.
15 Comentários
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.
Percebe-se que quem escreveu a resenha nem viu o show pelo horário do show descrito aqui. Não começou às 22h00 e, sim, às 20h00. O show foi ótimo. Billy Corgan, apesar de parecer deprimido em alguns momentos, levou (junto da banda) o show de maneira fácil e com energia nas músicas. Ganhou o público já na introdução com Cherub Rock e Tonight Tonight. Depois disso, conduziu perfeitamente o show, interagindo com o público e desfilando músicas mais recentes com os grandes clássicos que todos esperavam e estavam lá pra ouvir. E que papo é esse de síndrome de Peter Pan? Então Paul McCartney também sofre disso? E Mick Jagger que ainda rebola nos palcos como fazia há quarenta anos? O show só não foi bom para quem não gosta da banda. Francamente,vamos escalar pessoal mais preparado pra escrever.
não entendi ... o show foi um divisor de aguas do festival ( sem desmerecer as outras bandas que foram otimas ) mas smashing pumpkins foi o diferencial ... o cara pode estar com 100 anos .. e ele fará um show a altura com as novas e as classicas musicas ... merece meu respeito ... mostrou serviço ... carisma ...humildade ... e som com muita qualidade ... esse cidadão que escreveu a noticia ouviu falar deles ontem.. tenho certeza que nunca sequer ouviu nada da banda ...