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Imagine Dragons volta ao país e promete nova ode à percussão brasileira

Leonardo Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

16/04/2015 06h00

Sensação do rock nos últimos anos, o Imagine Dragons volta ao Brasil nesta semana para dar continuidade à uma história de obsessão. Os shows no Rio, nesta quinta (16), no Citibank Hall, e em São Paulo, no próximo sábado (18), na Arena Anhembi, marcam o reencontro dos músicos como uma plateia descrita como “única” e “apaixonada”.

Sim, os elogios podem até soar como clichês, mas eles fazem um pouco mais de sentido quando vêm da banda, conhecida pelo indie rock melódico e construído com o auxílio de imensos tambores.

“Temos um gosto enorme pela percussão brasileira. Vamos homenageá-la de novo. Ao longo desses anos, até tentamos tocar uns sambas. Ainda não consegui, mas estou chegando perto”, brinca em entrevista por telefone ao UOL o baterista Daniel Platzman.

“Mas, falando sério, a música brasileira é muito mais do que só a parte percussiva. Obviamente, sou fã do Tom Jobim e também de outros da música popular, como o Hermeto Pascoal. É uma música que tem uma linha melódica peculiar e uma harmonia capaz de quebrar todas as regras. É muito bonita.”

Formada em Las Vegas, em 2008, o Imagine Dragons fez um dos shows mais concorridos —e participativos—da edição 2014 do Lollapalooza Brasil. Fora do país, colecionou prêmios como o Grammy e Billboard Music Awards. Nos charts da revista, por sinal, bateu recorde de permanência com o single “Radioactive”.

Hoje é possível dizer que o único desafio é tentar manter com o novo álbum “Smoke + Mirrors" um pouco sucesso da estreia, “Night Visions” (2012), que já vendeu 7 milhões de cópias com sua mistura de influências de Muse, Killers e Coldplay.

Imagine Dragons

  • A música brasileira é muito mais do que só a parte percussiva. Obviamente, sou fã do Tom Jobim e também de outros da música popular, como o Hermeto Pascoal. É uma música que tem uma linha melódica peculiar e uma harmonia capaz de quebrar todas as regras. É muito bonita

    Daniel Platzman, baterista do Imagine Dragons

“Não ficamos pensando em repetir sucesso. Para nós, acho que essa palavra tem outro sentido. Somos muito gratos por poder viver de música. Fazemos música o tempo todo. Não só para lançar discos, mas por diversão, para relaxar. É uma terapia. Uma felicidade.”

Segundo Platzman, que tem diploma em trilha sonora na conceituada Berklee College of Music, uma dessas alegrias foi participar recentemente do filme “Transformers: A Era da Extinção”. Além de compor a faixa "Battle Cry" para o longa, a banda participou ativamente na composição das músicas originais.

“Já participamos em ‘Homem de Ferro 3’, mas em ‘Transformers’ tivemos a oportunidade de entrar em estúdio e trabalhar com Hans Zimmer e o Steve Jablonsky. Foi uma experiência muito divertida. Todos nós temos um interesse muito grande expressar visualmente nossa música”, diz o baterista, que não se conteve mesmo após encerrar a entrevista.

“Olha, sério, não poderíamos estar mais empolgados para voltar ao brasil. É muito especial falar com você, com os brasileiros. A comida é boa, as pessoas são tão legais e bonitas. Vamos fazer de tudo para aproveitar e um dia voltar para o Carnaval.”