Estrela do Teatro Bolshoi, bailarina Maya Plisetskaya morre aos 89 anos
A russa Maya Plisetskaya, uma das maiores bailarinas do século 20 e personalidade por décadas do Teatro Bolshoi, morreu neste sábado (2) aos 89 anos após sofrer um ataque cardíaco fulminante em Munique, na Alemanha.
"Ela morreu vítima de um ataque cardíaco fulminante. Os médicos tentaram de tudo, mas não havia nada que pudessem fazer", disse Urin, citado pela agência de notícias russa TASS.
O diretor do Bolshoi contou ter sido informado pelo marido da bailarina, o célebre compositor russo Rodion Shchedrin, de que Plisetskaya faleceu na Alemanha, onde o casal tinha uma residência.
"Algumas semanas atrás, nós nos reencontramos. Ela estava saudável, fazia brincadeiras, mas bom, aconteceu, o coração da maior entre todas as bailarinas parou", declarou Urin à agência RIA Novosti.
"Não apenas a Rússia, mas o mundo inteiro sabia: Maya Plisetskaya foi o símbolo do balé russo do século XX", concluiu.
Por meio de um comunicado de seu serviço de imprensa, o presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas condolências à família.
Plisetskaya dançou por meio século e levou ao tradicional balé soviético coreografias modernas e apresentações carregadas de erotismo. Se tornou conhecida pela fluidez de movimentos e atuação marcante nos palcos. Ela dançou nos palcos do teatro Bolshoi nos anos 60. Aos 18 anos, ganhou o título de primeira bailarina do teatro.
Maya ingressou no Bolshoi em 1943. Durante 50 anos, ela cativou as plateias com a pureza de suas apresentações e seu olhar desconcertante.
Conhecida como "a rainha do ar", ela conquistou um de seus primeiros êxitos com a representação, em 1947, de "O lago dos cisnes".
Graças à sua versatilidade, pôde interpretar personagens tão diversos como a czarina enlouquecida de "A fonte de Bajchisarai", a perversa Kitri de "Dom Quixote", "Carmem", e "Ana Karenina".
Com AFP
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