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Miley Cyrus lança álbum gratuito e independente e coroa liberdade artística

Do UOL, em São Paulo

31/08/2015 13h08

Miley Cyrus se destacou como apresentadora do VMA 2015 com suas roupas ousadas e declarações sobre drogas. E ainda aproveitou o brilho da noite para lançar seu novo álbum, "Miley Cyrus & Her Dead Petz", de graça na internet e totalmente independente. (ouça aqui).

Já na faixa de abertura, "Dooo It!", Miley reforça a liberdade que conquistou como artista ao cantar que "sim, eu fumo maconha e estou pouco me f* para isso". A música foi apresentada ao vivo no VMA 2015, ao lado de várias drag queens do reality show americano "Ru Paul's Drag Race". Para compor a canção, Miley se juntou a Wayne Coyne, que produziu boa parte do álbum ao lado dos integrantes de sua banda, o Flaming Lips.

Se no disco anterior, "Bangerz", Miley ainda estava curtindo sua nova imagem provocativa pós-Disney, em "Her Dead Petz" ela diz estar mais consciente de sua posição como porta-voz dos jovens e abertamente interessada em drogas, sexo, meio ambiente e animais.

Em "The Floyd Song", por exemplo, ela faz uma homenagem ao seu cachorro, que morreu em 2014, quando ela fazia a turnê de oito meses de "Bangerz". Já "BB Talk" é quase um monólogo sobre uma amante excessivamente carinhosa, enquanto em "Bang Me Box" Miley fala de sexo entre duas mulheres, o que ela diz ser muito sobre ela própria.

Para lançar seu disco com 23 faixas, Miley diz ter desembolsado cerca de US$ 50 mil e sem ter qualquer intervenção de sua gravadora, a RCA Record. Segundo ela, o trabalho anterior, "Bangerz", havia sido feito com "alguns milhões".

Para coroar o bom momento, Miley só precisava mesmo da bênção da gravadora. E teve. Em um comunicado, a RCA disse que apoia o projeto independente da artista. "Miley Cyrus continua ser uma artista inovadora. Ela tem um forte ponto de vista sobre sua arte e expressou seu desejo de compartilhar este trabalho diretamente com seus fãs. A RCA Records tem o prazer de apoiar a visão musical única de Miley".

Em entrevista ao jornal "The New York Times", a cantora de 22 anos disse que essa "liberdade pessoal e artística" foi atingida depois de quase uma década de fama. "Eu só posso fazer o que quero e a música que quero", disse ela.