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Holograma da diva do jazz Billie Holiday fará shows em Nova York

Billie Holiday durante apresentação em Nova York, em 1949 - Arquivo Folha
Billie Holiday durante apresentação em Nova York, em 1949 Imagem: Arquivo Folha

Do UOL, em São Paulo

09/09/2015 20h09

A diva do jazz Billie Holiday morreu em julho de 1959, mas ela deve aparecer sobre o palco do teatro Apollo, em Nova York, próximo ao Dia de Ação de Graças, comemorado nos EUA no final de novembro. A cantora será mais uma na lista de artistas mortos que voltam a se apresentar por meio de holograma.

Segundo o jornal “The New York Times”, a empresa Hologram USA criará uma série de performances interativas da cantora. A empresa, ainda de acordo com a publicação, teve acesso a áudios de Holiday que permitirão que o holograma da diva até mesmo responda perguntas feitas pelo público, além de, naturalmente, cantar algumas músicas.

O teatro Apollo assinou um acordo de exclusividade de dois anos com a Hologram USA e está planejando shows regulares nesse formato em sua programação.

"As possibilidades inerentes a essa iniciativa são muito emocionantes, porque demonstram o impacto e a relevância duradoura de artistas de diferentes tempos e lugares geográficos", disse Jonelle Procope, presidente e chefe executiva do teatro Apollo à agência AFP.

Holiday, que teria completado cem anos em abril desse ano, frequentemente cantava no Apollo, único teatro de integração racial da época. Ela cantou no local por mais de 30 vezes. Seu primeiro show no teatro foi aos 19 anos de idade.

Demanda por hologramas

À medida que a tecnologia ficou cada vez mais sofisticada, a indústria da música aumentou sua demanda por hologramas.

A moda disparou em 2012, quando o festival de Coachella ressuscitou com sucesso o rapper Tupac Shakur em uma atuação junto às estrelas do hip-hop Snoop Dogg e Dr. Dre.

Entre outras projeções famosas, está um show em Las Vegas do pianista Liberace, já morto, e outro do rapper Chief Keef, que se apresentou via holograma porque não podia viajar para Chicago graças a uma ordem de prisão.

Mas os hologramas também têm suas críticas, que questionam seu gosto e mérito artístico duvidosos.

Um exemplo é a banda Grateful Dead que considerou, mas descartou, trazer de volta à vida por holograma seu guitarrista Jerry Garcia quando fizeram uma série de shows de despedida em julho.

*Com informações da AFP