Topo

Para fã, mensagem retuitada pode valer mais que autógrafo, diz pesquisa

A cantora Taylor Swift, que faz uso frequente das redes sociais para interagir com fãs - Reprodução/Instagram/taylorswift
A cantora Taylor Swift, que faz uso frequente das redes sociais para interagir com fãs Imagem: Reprodução/Instagram/taylorswift

Do UOL, em São Paulo

14/09/2015 19h44

Ter uma mensagem retuitada pelo seu músico favorito é tão ou mais atrativo do que receber um autógrafo. Ao menos é o que revela uma pesquisa on-line conduzida pelo Twitter, cujo resultado foi publicado no site do jornal britânico "The Independent".

Segundo a rede social, 75% dos fãs de música acham tão bom receber uma assinatura quanto interagir com seu ídolo na rede social. Muitos vão ainda além, afirmando que a experiência é melhor e mais pessoal, pois denota um interesse genuíno.

Ainda de acordo com o Twitter, 60% dos usuários dizem que o site é sua forma favorita de interação com os músicos, pois "permite saber que os artistas são pessoas reais".

Segundo o antropólogo John Curran, ouvido na reportagem do "Independent", a nova era da informação proporcionou mudanças substanciais na relação do fã com o ídolo. O sacrifício de passar horas em uma fila em busca de uma assinatura genérica em um pedaço de papel já não tem o valor de outrora.

"Hoje em dia, quase podemos dividir uma cerveja com o músico. É uma espécie de presente e dá ao fã um capital cultural. De se achar mais do que um simples fã", avaliou Curran.

Falando ao "Independent", Claudia, uma fã de 46 anos do Duran Duran, tentou justificar a tendência. "Um retuíte é melhor. Um autógrafo é apenas um rabisco, mas um retuíte é mais pessoal. Entre milhares de mensagens, ele [o artista] tira o tempo para te ler e te retuitar."

"A cultura digital está mudando tanto a forma com que interagimos com nossos ícones que os fãs agora têm direto acesso a seus cantores favoritos", afirmou um porta-voz do Twitter. "Para muitos, o retuíte é realmente o novo autógrafo."

Vale lembrar que, ao menos monetariamente, os autógrafos ainda têm seu valoroso lugar no universo pop. Há dois anos, uma versão do álbum Sgt. Peppers, dos Beatles, autografada pelos quatro integrantes, foi vendida por 200 mil libras esterlinas —equivalente hoje a R$ 1,2 milhão.