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Rock in Rio: Ira! convida Rappin' Hood e Tony Tornado, que alvejam racismo

Leonardo Rodrigues

Do UOL, no Rio

18/09/2015 17h43

A união entre o rock do Ira!, o rap de  Rappin' Hood e o soul de Tony Tornado, segunda atração do Palco Sunset do Rock in Rio nesta sexta-feira (18), funcionou e deu liga, mas não chegou a contagiar o público, que começa aos poucos a encher a Cidade do Rock. Após os hits da banda de Nasi e Edgard Scandurra, o clima mudou e os dois convidados alvejaram o racismo.

Quando Rappin Hood entrou no palco, as dúvidas sobre o resultado da reunião banda e rapper se dissiparam logo na primeira música, "Us Guerreiro", que louvou a cultura negra e fez os primeiros apelos do festival contra o racismo. Até então tímidas, as mãos do público foram logo ao alto. Nada de efusão, mas tampouco vaias.

Ao som de "Podes Crer, Amizade", Tony Tornado deu continuidade ao discurso de que a união faz a música. "Quando duas mãos se encontram, refletem no chão a sombra da mesma cor", ele disse. A frase repercutiu instantaneamente nas redes sociais.

Durante a apresentação do Ira!, que começou como um show tradicional da banda paulista, o vocalista Nasi, visivelmente mais magro, e o guitarrista Edgard Scandurra apresentaram clássicos como "Dias de Luta" e "Envelheço na Cidade", esta em homenagem aos 30 anos do festival.

Sob intenso calor, a plateia se mostrou dispersa em boa parte da apresentação, entre o mar de lojas e atrações musicais do Rock in Rio. Os gritos vindos da montanha russa, montada bem ao lado do Palco Sunset, chegavam a interferir na apresentação.

Mais cedo, a programação musical do Rock in Rio 2015 começou no horário marcado: às 15h15 o Dônica, banda de Tom Veloso, filho de Caetano, inaugurou o Palco Sunset, levando o maestro e compositor Arthur Verocai para frente da plateia.