Presente de Natal? Acervo dos Beatles chega a serviços de streaming dia 24
O acervo musical dos Beatles finalmente chega aos serviços de streaming nesta quinta-feira (24), véspera de Natal. Segundo comunicado oficial, as músicas estarão disponíveis no mundo todo a partir da 0h01 do horário local. Deezer, Apple Music, Google Play, Microsoft Groove, Napster/Rhapsody, Amazon Prime Music, Slacker Radio, Spotify e Tidal receberão hits de 17 álbuns da banda britânica.
A expectativa era de que a banda fizesse um acordo exclusivo com uma das plataformas. Porém, a indústria acabou surpreendida com o anúncio do acervo disponível simultaneamente em nove serviços digitais. O acordo envolve direitos de 224 músicas de 13 álbuns originais de estúdio além de coleções essenciais.
Para especialistas ouvidos pela BBC, a ação ajudará o legado da banda a durar ainda mais. "Em termos digitais, os Beatles sempre estiveram um pouco atrasados para a festa", opina Chris Cooke, cofundador do site de indústria musical CMU (Complete Music Update). "Eles só chegaram ao iTunes em 2010, uns 5 anos depois que a loja tinha ganhado força", relembra.
Os Beatles sempre foram conhecidos pela lentidão em se adaptar a novas tecnologias. Eles esperaram cinco anos para lançar seus discos em CDs e não conversavam sobre a revolução do download até 2010, sete anos depois do lançamento da iTunes Store (serviço de venda de música da Apple).
Com a chegada de John, Paul, George e Ringo aos serviços de streaming será interessante observar a competição com nomes bem mais recentes da música, como Justin Bieber, que teve seus últimos singles ouvidos seis milhões de vezes em uma semana via streaming e músicas no topo das paradas.
Para efeito de comparação, quando os Beatles disponibilizaram seu acervo para venda no iTunes, eles alcançaram dez posições no Top 100. Porém a música mais vendida, "Hey Jude", chegou apenas à 40ª colocação.
O anúncio vem em meio a diversos questionamentos de grandes artistas, inclusive britânicos, sobre a nova tecnologia de distribuição de música. O exemplo mais recente é de Adele, que barrou seu mais recente álbum "25" nas plataformas, liberando apenas o single "Hello". Com o veto, ela rompeu todos os recordes de vendas e downloads para a semana de lançamento de um disco.
"Eu não uso streaming. Eu faço download ou compro uma cópia física (do disco)", disse Adele à revista norte-americana "Time". "Acho streaming um pouco descartável. Eu acredito que a música deve ser um evento", acrescentou.
A cantora disse estar consciente de que o serviço "é o futuro", mas ressaltou que "não é a única forma de se consumir música". "Não posso me ligar a algo sobre o qual ainda não sei como me sinto."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.