Strip, monstros e palavrões: Die Antwoord faz show mais estranho do Lolla
Desconhecida de boa parte do público do Lollapalooza Brasil 2016, o grupo sul-africano Die Antwoord (pronuncia-se Dí Antu-urd) fez neste sábado (12) uma das apresentações mais estranhas e intensas de todo o festival.
Formado na Cidade do Cabo, o duo --incrementado por um DJ com máscara de monstro-- mistura rap e música eletrônica de balada, com um vocalista coberto de tatuagens e uma vocalista com voz de criança, a estridente Yolandi Visser.
Logo na segunda música, o líder e mestre de cerimônias Watkin Jones, o "Ninja", aproveitou para se jogar com tudo no meio da plateia, sendo carregado de volta ao palco. A multidão, já em bom número no palco Axe, foi à loucura.
Mesmo com o clima ameno da noite paulistana, todos os membros da banda tiveram sua sessão particular de striptease, com um pancadão eletrônico de fundo que conseguiu ir de Diplo a Prodigy e Marilyn Manson --com todos os palavrões que eles não tiveram coragem de colocar em suas músicas.
"Obrigado, obrigado, obrigado", repetiu o vocalista, em português, já com as calças arriadas, trajando uma samba canção. Segundo Jones, o conceito do Die Antwoord é inspirado na cultura sul-africana Zef, e foi feito para chocar as pessoas e as tirar do estado de normalidade. Funcionou.
Faixas como "Baby's on Fire" e "Fatty Boom Boom" levantaram a plateia, repleta de braços em riste e protagonizando rodinhas de pogo em um show de rap.
"Eu já conhecia um pouco, vendo clipes, mas não tinha noção que era tão insano assim ao vivo. Olha isso! Esses vídeos que passam no telão", surpreendeu-se o empresário Mardem Martins, 26, fã de Eminem.
"Não conhecia. Achei a música muito boa. Sendo só três, eles ocupam muito bem o palco. E a voz dessa menina é absurda! É de verdade", disse a designer Ângela Cechella, 24.
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