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Segundo dia de Tomorrowland estimula sentidos do público ao extremo

Marcus Couto Brasil

Colaboração para o UOL, em Itu

23/04/2016 07h00

Vale tudo para estimular os sentidos do público na Tomorrowland --além da música eletrônica repetitiva que toca em todas as áreas da festa, dezenas de canhões laser se somam a máquinas de bolhas de sabão, telões gigantes e holofotes coloridos para completar o show. A força hipnótica que emana dessa parafernália visual é difícil de descrever.

O festival de origem belga, um dos maiores do mundo, encerrou a segunda noite da edição brasileira nesta sexta-feira (22) com show do sueco Alesso.

No palco principal, o transe acontece com mais intensidade. As milhares de pessoas que se apertam aos pés da cabine do DJ acatam cada pedido dos artistas: vale balançar os braços de um lado para o outro e até cantar o "Hum" do personagem de Matthew McConaughey em "O Lobo de Wall Street" (esse foi um pedido da dupla belga-holandesa W&W), com direito a batidas no peito.

Os feixes de laser colorido se transformavam ora em ondas azuladas, ora em formas geométricas vermelhas, numa dança luminosa frenética à qual a multidão assistia extasiada. Choveu papel picado, fogos estouraram e línguas flamejantes emergiram da beira do palco.

Durante o show do holandês Afrojack, milhares de bastões de luz foram distribuídos ao público, como parte de uma ação de marketing de uma marca de energético. O DJ tocou um dos sets mais agitados e intensos até agora. Ao sacudir os bastões, a plateia parecia um tapete de LED em movimento. Afrojack tocou seu hit "Ten Feet Tall", um remix de "Pon De Floor", do Major Lazer, e "I Would Die 4 U", do Prince.

O holandês lamentou a morte do músico americano. Na noite anterior, o francês David Guetta já havia feito um tributo ao tocar "Kiss", outro sucesso do cantor. E o público aprovou as homenagens. "Gosto quando os produtores misturam música eletrônica com os clássicos", diz Jessica Gomes, 22, que admitiu conhecer apenas algumas músicas do Prince. Ela assistiu aos dois sets e descansava sentada no gramado em frente ao palco principal.

Nesta sexta-feira, a Tomorrowland assistiu também aos shows do holandês Armin Van Buuren e do brasileiro Ftampa, que tocou bass music enquanto o sol ainda brilhava sobre o Parque Maeda. Nos palcos menores, o tradicional núcleo de raves XXXperience trouxe o psytrance dos israelenses Infected Mushroom e o projeto suíço de progressive trance Liquid Soul. O brasileiro Alok teve seu próprio palco, o Brazilian Bass, onde tocaram a dupla alemã Aka Aka e o produtor goiano Illusionize.

A Tomorrowland continua neste sábado (23), último dia do festival, quando tocam os irmãos belgas Dimitri Vegas e Like Mike, além do grego Steve Angello. No palco do brasileiro DJ Marky se apresentam os DJs Hype e Andy, entre outros convidados.