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Clipe de "Sorry" gravado por crianças pobres de Uganda viraliza na internet

As crianças africanas do grupo de dança Ghetto Kids Uganda - Divulgação
As crianças africanas do grupo de dança Ghetto Kids Uganda Imagem: Divulgação

Felipe Branco Cruz

Do UOL, em São Paulo

05/05/2016 17h23

A batida chiclete da música "Sorry", de Justin Bieber, conquistou um grupo de crianças de Kampala, capital do país africano de Uganda. Batizado de Ghetto Kids, o grupo postou recentemente no Facebook e no YouTube um vídeo com a própria interpretação da coreografia da música

O vídeo viralizou e apresenta cenas gravadas em um dos lugares mais pobres da capital, tendo como cenário ruas de terra batida e, ás vezes, em meio ao lixo. A produção, no entanto, é bem feita e os jovens bastante talentosos.

Kavuma Dauda, treinador do grupo, conversou com o UOL por e-mail e disse que ficou surpreso com o interesse internacional nos garotos, com reportagens publicadas em veículos como BBC, Ellen Degeneres e Perez Hilton. 

A primeira música que os jovens dançaram foi o afropop “Sitya Loss” “(Não tenho medo de perder”) do artista Eddy Kenzo, de Uganda. O músico, assim como as crianças, também teve uma infância pobre.

O próximo passo, segundo o treinador, após o sucesso com a coreografia de “Sorry”, é a produção de músicas próprias. “O objetivo é mudar para melhor a vida dessas crianças. Nós queremos fazer um álbum nosso para evitar problemas com direitos autorais e também para produzir grandes shows”. Kavuma Dauda, além de treinador, também é professor de matemática dos dançarinos e foi uma criança carente.

Ao todo, o Ghetto Kids é formado por 20 crianças, a maioria órfãos, em idades entre 5 a 14 anos. Dauda explicou que a escolha das músicas para dançar são feitas em comum acordo com as crianças. “Algumas dessas crianças são fãs do Justin e ele é um dos artistas internacionais que elas gostariam de conhecer”.

O mais recente vídeo do Ghetto Kids, "Sabatula", publicado há dois dias, contou com  uma produção caprichada, com cenas gravadas em estúdio e figurino elaborado. Nele, os garotos dançam uma música autoral. “A música é capaz de salvar vidas”, garante Dauda.