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Peninha será velado e cremado no Memorial do Carmo, no Rio

Peninha, percussioninsta do Barão Vermelho - Marcelo Stammer/Reprodução
Peninha, percussioninsta do Barão Vermelho Imagem: Marcelo Stammer/Reprodução

Do UOL, em São Paulo

20/09/2016 11h16

O corpo de Paulo Humberto Pizziali, o Peninha, será velado e cremado no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. A cremação está marcada para as 13h30 desta quarta (21) e a capela para o velório está disponível a partir das 16h desta terça. Ainda não há confirmação para o início do velório.

Conhecido pelo trabalho com o grupo Barão Vermelho, Peninha morreu nesta segunda, aos 66 anos. Ele estava internado em estado grave no CTI do hospital da Lagoa, na zona sul carioca. O músico sofria de problemas digestivos e teve uma hemorragia no estômago.

Peninha, que este ano completou 50 anos de carreira, entrou oficialmente no Barão Vermelho em 1986, após o lançamento do álbum "Declare Guerra", quando a banda já não contava mais com Cazuza nos vocais.

Antes disso, havia participado de diversas gravações, incluindo "Manhã sem Sono" e a clássica "Bete Balanço". Ele se juntou ao grupo ao lado do guitarrista Fernando Magalhães, participando não só de shows e discos, mas e também de composições da banda.

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Foi integrante fixo até 2013, quando passou a trabalhar com o maestro e arranjador Lincoln Olivetti, morto em janeiro de 2015.

Nos períodos de folga do Barão, Peninha tocava com a sua banda Gungala, com forte influência de salsa, uma de suas grandes influências e que era pouco explorada com os antigos colegas.

Carioca, começou tocando em bailes de Carnaval no Rio, sempre tendo forte ligação com o samba. Mais tarde, participou da orquestra de Ed Maciel e tocou com grandes nomes da música brasileira, como Johnny Alf, Gal Costa, Simone e Sivuca.

Também chegou a integrar a orquestra da Rede Globo, tocando com Bezerra da Silva antes de o sambista se tornar cantor. O corpo do músico, que deixa quatro filhos, será cremado.

"Por trás daquele jeito cascudo, ele era uma pessoa maravilhosa, um grande companheiro, e um músico de um nível muito acima do que qualquer pessoa pode imaginar. Era surpreendente", disse o vocalista Roberto Frejat ao jornal "O Globo".