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Não queria ser lembrada apenas por "Wrecking Ball", admite Miley Cyrus

Miley Cyrus na capa da "Variety" - Divulgação
Miley Cyrus na capa da "Variety" Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

11/10/2016 15h55

Miley Cyrus falou sobre sua nova fase em entrevista à revista Variety. Mais madura, a cantora de 23 anos agora comanda uma ONG que apoia a comunidade LGBT e os moradores de rua de Los Angeles e também aceitou o convite para ser técnica do "The Voice", um dos programas mais populares da TV norte-americana.

"Sinto que tenho um objetivo agora. Eu não queria ver a letra de 'Wrecking Ball' na minha lápide. Queria que fosse algo mais grandioso", explica Miley sobre ter encontrado seu caminho. O processo começou há três anos, quando uma apresentação provocativa dela no VMA se tornou o grande assunto do mundo pop.

"Eu me senti tão estúpida. Percebi que o que eu estava fazendo não tinha valor, que era estúpido ser uma popstar em um mundo com pessoas morando na rua e passando fome", reflete sobre a proporção que a apresentação tomou. "Só fiz o que tinha que fazer. Jamais imaginei que dançar vestida de urso seria algo tão ruim."

Miley Cyrus agora tem aproveitado o espaço que tem no "The Voice" para transmitir seu discurso empoderador ao lado de Alicia Keys, que também entrou para o reality. Pela primeira vez, o "The Voice" tem duas mulheres juradas. A vaga já foi preenchida antes por Christina Aguilera, Shakira e Gwen Stefani.

Política

Jurados do The Voice dos EUA - Divulgação - Divulgação
Miley Cyrus é jurada do "The Voice" ao lado de Adam Levine, Alicia Keys e Blake Shelton
Imagem: Divulgação

No furacão das eleições presidenciais norte-americanas, Miley também não fugiu do assunto política. "Muita coisa poderia mudar se tivéssemos uma mulher como presidente. Isso mexe com o inconsciente das pessoas. Elas iriam peceber que têm pensamentos muito datados", explica. A cantora, no entanto, se diz apoiadora de Bernie Sanders, que abriu mão de sua candidatura pelos democratas em nome de Hillary Clinton.

Com o país dividido entre apoiadores de Trump e Hillary, ela diz nem conhecer alguém que apoie o candidato republicano. "Você acha que eu tenho amigos que votam no Donald Trump? Não! Com quem você acha que eu estou saindo?", diz Miley, que agora estimula os apoiadores de Bernie a votarem em Hillary. Desde o início da campanha, Trump tem desrespeitado imigrantes, refugiados e mulheres. 

Miley Cyrus em cena do novo clipe "Wrecking Ball" - Reprodução - Reprodução
Miley Cyrus em "Wrecking Ball", de 2013
Imagem: Reprodução

Pansexual

Na entrevista, Miley também voltou a falar sobre sua pansexualidade. Ela contou que sua primeira relação na vida foi com uma garota "na quinta ou na sexta série" e que se descobriu pansexual quando buscou ajuda em um centro LGBT em Los Angeles. Lá, ela conheceu uma pessoa que não se identificava nem com o gênero feminino, nem o masculino.

"Foi aí que entendi minha sexualidade e vi que não tinha problema em não me sentir nem hétero e nem gay", diz a cantora, que hoje mantém um relacionamento com o ator australiano Liam Hemsworth.

Ex-estrela da Disney, Miley também lembrou que foi a primeira do canal infantil a se declarar a favor de lésbicas e gays antes de isso "ser aceitável". "Não tive problemas, pois muitas pessoas que trabalham para a Disney são gays e elas se sentiram felizes por ter algúem ao lado delas."