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Por acidente, Zezé Di Camargo pagará R$ 1,75 milhão a sanfoneiro

O sanfoneiro Elias Rezende ganhou uma ação trabalhista milionária contra a dupla - Reprodução/Facebook
O sanfoneiro Elias Rezende ganhou uma ação trabalhista milionária contra a dupla Imagem: Reprodução/Facebook

Felipe Branco Cruz

Do UOL, em São Paulo

29/11/2016 12h13

O cantor Zezé Di Camargo e a empresa ZCL Produções terão que pagar R$ 1,75 milhão ao sanfoneiro gaúcho Elias Rezende, 49, por causa de um acidente sofrido em 2007, quando o músico viajava em um ônibus da dupla sertaneja. O valor foi acordado entre as partes e será pago em parcelas, depois de a Justiça determinar o pagamento de uma indenização de R$ 2.676.394,24.

Elias decidiu mover o processo após ter sido demitido e não ter seus direitos trabalhistas pagos corretamente. No acidente, ocorrido em Uberlândia (MG), ele sofreu traumatismo craniano, perdeu a audição do ouvido direito e ficou com sequelas do lado esquerdo. "Vou levar estas sequelas pelo resto da vida. Tive que reaprender a tocar sanfona, começar tudo de novo", explicou ao UOL.

"O acordo foi bom para eles e bom para mim. Não guardo mágoas do Zezé e do Luciano. Pelo contrário. Eles sempre foram as pessoas que mais me ajudaram e têm corações muito grandes. O problema é que há uma empresa por trás que precisa responder judicialmente por isso. Não é nada pessoal", disse. Atualmente, Elias dá aulas de sanfona em Santa Maria (RS), para onde se mudou após o acidente.

Elias já havia vencido a dupla em primeira instância, porém eles recorreram. A sentença, proferida pela Justiça do Trabalho de Santa Maria, desta vez, é definitiva, e a dupla terá que arcar também com os custos do processo, de R$ 35 mil.

Adriano Silveira, advogado de Zezé Di Camargo e da empresa ZCL Produções, disse que o acordo foi bom para os dois e que o parcelamento viabilizou o pagamento. "É importante ressaltar, no entanto, que reclamações trabalhistas são comuns na Justiça. Não é uma exclusividade do Zezé Di Camargo. Tanto artistas de renome quanto pessoas comuns são processadas por isso e não entendemos a necessidade de tanto alarde por isso", concluiu.