Topo

Madonna é banida de rádio após discurso anti-Trump na Marcha das Mulheres

Madonna participou da Marcha das Mulheres em Washington - Reuters
Madonna participou da Marcha das Mulheres em Washington Imagem: Reuters

Do UOL, em São Paulo

25/01/2017 12h23

O discurso de Madonna durante a Marcha das Mulheres, no último sábado (21) em Washington, nos Estados Unidos, fez com que a cantora fosse banida de uma das principais rádios no estado do Texas.

A HITS 105 decidiu banir todas as músicas da cantora por tempo indefinido após ela dizer ter pensado "em fazer explodir a Casa Branca", o que provocou algumas reações negativas de setores mais conservadores.

Para a equipe da rádio, não se trata de um ato político, mas sim, "um ato de patriotismo". “Apenas que nos sentimos mal de tocar as canções da Madonna, e pagar os direitos a ela, depois de ela expressar sentimentos anti-americanos", afirmou a HITS à “Billboard”.

Madonna cantou e discursou contra o sexismo do novo presidente americano, e também pediu direitos iguais aos imigrantes, mulheres, homossexuais, muçulmanos e deficientes físicos. A marcha aconteceu no dia seguinte da posse de Donald Trump.

A cantora assumiu não ter gostado do resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos. "Sim, eu estou com raiva. Sim, eu estou ultrajada. Sim, eu às vezes penso em explodir a Casa Branca. Mas isso não vai mudar nada e eu sei disso. Não são só as mulheres que estão em perigo, mas todas as pessoas marginalizadas(...). Foi preciso de um momento de trevas para nos acordar. Parece que todos nós caímos numa falsa sensação de conforto, de que a justiça ia prevalecer e o bem ia vencer no final", começou. "Bom, o bem não venceu essa eleição. Mas vai vencer no final", completou levantando o público.

Após o ato, o republicano Newt Gingrich defendeu que Madonna deveria ter sido detida. No Instagram, no dia seguinte, a cantora afirmou que “explodir a Casa Branca” era uma metáfora. “Eu não sou uma pessoa violenta”.

Outras famosas também participaram do movimento, que reuniu mais de 500 mil mulheres na capital americana e em outros pontos do mundo, como Charlize Theron, Emma Watson, Mary McCormack, Demi Lovato, Jane Fonda, Miley Cyrus e Ariana Grande e Carol Castro no Brasil.