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Fã troca quimio por show do Bon Jovi: "Nunca sei qual é meu dia seguinte"

Marcela Ribeiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

22/09/2017 13h14

Quem vê Rosângela Vilchenski, 44 anos, na fila do quinto dia do Rock in Rio debaixo do sol forte enfrentando animada uma temperatura de 32 graus nem imagina o drama que sofre. A paranaense de Maringá veio ao evento com a filha Izabella Vilchenski, 21, e a sobrinha Caroline Vilchenski, 26, com um único sonho: ver seu ídolo Jon Bon Jovi de perto e, quem sabe, subir no palco para dançar com ele.

"Desde os 14 anos sou apaixonada por ele. Meu marido tem um pouco de ciúmes, mas entende e falou que se fosse eu daria até um selinho ", diz ela sorridente.

Rosângela não esconde sua ansiedade e acaba entregando que sofre de uma doença degenerativa chamada espondilite anquilosante, inflamação das articulações da coluna. Por causa disso, ela sofre de dores fortíssimas, que algumas vezes a impedem de andar.

Para retardar os efeitos, ela faz quimioterapia a cada 15 dias e teria que ter feito nesta sexta (22), mas decidiu adiar a sessão para estar no show do Bon Jovi.

"Tomei uma decisão que tem que ser agora porque amanhã não sei se estarei viva. Nunca sei qual é o meu dia seguinte e se chegarei lá", conta ela emocionada.

Duas semanas antes do Rock in Rio, ela enfrentou uma crise, ficou com medo de não conseguir ir ao evento, mas com a quimioterapia melhorou.

"Já fiquei seis meses sem andar. Quando faço quimioterapia, que é um tratamento biológico, fico enjoada e dois dias em casa dormindo. Para estar hoje aqui tive que tomar remédios".