Reprovada em 2014, carioca troca "The Voice" por mundial de karaokê
Em 2014, a cantora Ananda Torres tentou uma vaga no reality show “The Voice”. Cantou a música “Começar de Novo”, de Ivan Lins. Não conseguiu virar nenhuma cadeira, mas recebeu um pedido dos técnicos Carlinhos Brown e Daniel para que voltasse ao programa. “Nunca é tarde demais para começar de novo, sobretudo com o talento que você tem”, disse Brown.
Três anos depois, Ananda acatou a sugestão, mas em vez de retornar ao “The Voice”, vai tentar emplacar a carreira de cantora representando o Brasil na final do Karaokê World Championship, que acontece entre os dias 14 e 18 de novembro em Helsinki, na Finlândia.
"Resolvi comemorar meu aniversário de 40 anos em um karaokê”, lembra Ananda em entrevista ao UOL. “Já fazia uns 4, 5 anos que eu não subia em um palco. Aí estava comemorando em um bar no Rio de Janeiro e conheci a produtora que organiza o KWC Brasil e ela disse: ‘Você tem que participar’”.
“Foi mais forte que eu”
Pianista, preparadora vocal e publicitária, Ananda vive um “relacionamento ioiô” com a carreira artística. “Sou aquele caso típico da pessoa que tentou fugir da música a vida inteira e a música ficou puxando de volta”, brinca ela, que nasceu cega e usava a musicalidade para se comunicar com os pais. Ganhou o primeiro piano aos 8 anos e começou a estudar canto aos 16. Ananda chegou até a estudar música na faculdade, mas largou para se dedicar à publicidade.
A decisão de entrar na competição de karaokê foi mais um reencontro de Ananda com a música. “Foi mais forte que eu”, garante. Ela diz ainda que se surpreendeu com o profissionalismo e as histórias de vida dos cantores que encontrou na disputa. “Conheci muita gente que tem uma musicalidade incrível e não necessariamente quer viver de música, mas ainda assim sente a necessidade de colocar para fora a sua veia artística”, lembra.
Ananda diz também que desfez vários preconceitos depois que começou a cantar nos karaokês. "Acho que existe isso ainda das pessoas acharem que o karaokê é meio farofa. Estão surgindo vários lugares de qualidade. Não é mais aquela coisa do videokê, aquele som ruim. Agora as pessoas usam playbacks de altíssima qualidade. Tem até com banda ao vivo, que é top, né? Tem gente que vai para cantar bonito. Tem a brincadeira, gente que vai cantar ‘Evidencias’, ‘50 Reais’ e tal, mas tem uma galera que vai mesmo para se sentir no palco, mesmo que não queira cantar profissional, vai lá para se realizar”, conclui.
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