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10 músicas do rock nacional que a gente curte mesmo sem entender a letra

João Alvarez/UOL, Divulgação, Divulgação
Imagem: João Alvarez/UOL, Divulgação, Divulgação

Rafael Krieger

Colaboração para o UOL

17/10/2017 04h00

Gostar muito de uma música mesmo sem conseguir entender a letra. Quem nunca? Nem precisa ser em inglês: às vezes, o artista canta em português claro e a gente fica ainda mais perdido. O rock nacional tem alguns exemplos dessas músicas que nos deixam boiando, mas nem por isso deixamos de gostar delas... Lembra de mais alguma?

1. Depois do Começo (Legião Urbana)

Essa letra é tão maluca que a graça dela é justamente o fato de não fazer nenhum sentido. O Renato Russo deve ter feito de propósito:
Acender um intervalo pelo filtro
Usar um extintor como lençol
Jogar pólo-aquático na cama
Ficar deslizando pelo teto

 

2. Codinome Beija-Flor (Cazuza)

Para rimar com "beija-flor", Cazuza recorreu a uma expressão estranha, que ele próprio definiu como o ato de enfiar a língua no ouvido do próximo fazendo movimentos de liquidificador. Haja imaginação:
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

 

3. Pescador de Ilusões (O Rappa)

Dá para gastar algumas horas na mesa de bar discutindo o significado dessa música. Surgiriam várias teorias sobre a dor no joelho e o livro sem final. Será que iria valer a pena?
Se por alguns segundos eu observar
E só observar
A isca e o anzol, a isca e o anzol, a isca e o anzol
Ainda assim estarei pronto pra comemorar

 

4. Piano Bar (Engenheiros do Hawaii)

"Doe sangue e me dê seu telefone" é apenas uma das frases misteriosas desta letra que está esperando uma tradução:
No táxi que me trouxe até aqui, Julio Iglesias me dava razão.
No clipe Paul Simon tava de preto, mas na verdade não era não.
Na verdade "nada" é uma palavra esperando tradução.

 

5. O Que (Titãs)

Meia dúzia de palavras curtas foram suficientes para Arnaldo Antunes escrever uma música inteira: "que", "não", "é", "pode" e "ser", alem do artigo "o". Cada um entende como quiser.
Que não é o que, não pode ser
Que não é o que não pode ser
Que não é o que não pode ser que não é

 

6. Detetive (Comunidade Nin-Jitsu)

A música vangloria os detetives e esculacha os despachantes, sem nenhum motivo aparente. Segundo a letra, um detetive enfrenta broncas legais, e um despachante não faz nada demais. Daí surgiu um dos refrões mais malucos de todos os tempos:
Tive, tive, detetive
Meu pai é detetive
Mas o teu é despachante

 

7. Pré-Sal (Nando Reis)

Ele realmente foi fundo demais ao escrever esta música. Tem algumas palavras que parecem de outra língua, como "epelin listrado dois pablos forlan" e "strombus pugilis de róseos lábios". É outra que parece ser incompreensível de propósito:
Pipocas estouravam dos pedais do triciclo
Detetive desvendava um crime hediondo
Lagosta espatifada atrás do branco biombo
Periquitos viciados em sementes de cânhamo
Aves do padre faria

 

8. Melissa (Bidê ou Balde)

O refrão é bonitinho: "Se tu quiser que eu te leve, eu aprendo a dirigir". Só que a música começa com versos um tanto enigmáticos, especialmente para quem não conhece Bagé:
Te fiz um rock, Melissa
Pode crer que é sobre amor
Mas eu não sou publicitário
E a minha vó é de Bagé

 

9. Kátia Flávia (Fausto Fawcett)

O míssil Exocet foi usado na guerra Irã-Iraque nos anos 80 e parece ter fascinado o autor desta canção sobre calcinhas antiaéreas. A louraça belzebu avisou a polícia que está usando uma calcinha ou um míssil Exocet? Não sabemos. E a letra fica ainda mais confusa depois desses versos:
Ficou famosa por andar num cavalo branco
Pelas noites suburbanas
Toda nua, toda nua

 

10. 1, 2, 3, 4 (Little Quail and the Mad Birds)

A primeira banda de Gabriel Thomaz, que mais tarde fundaria os Autoramas, fez algum sucesso com esta música nos anos 90. A letra é só isso, mesmo. De tão maluca, chega a fazer algum sentido...
1, 2, 3, 4!
1, 2, 3, 4!
1, 2, 3, 4!
1, 2, 3, 4!
Não tem 5!
Não tem 6!