Ópera de Roma demite membros de orquestra e coral por falta de verba

James Mackenzie

  • AP Photo/Carnegie Hall, Richard Termine

    Riccardo Muti, diretor honorário da ópera, renunciou depois de um período de seis anos marcados por disputas internas, greves e problemas financeiros

    Riccardo Muti, diretor honorário da ópera, renunciou depois de um período de seis anos marcados por disputas internas, greves e problemas financeiros

A ópera de Roma demitiu quase 200 membros de suas orquestra e coral permanentes em função da pior crise econômica da Itália em décadas, que reduziu o investimento estatal nas artes.

Duas semanas atrás, Riccardo Muti, diretor honorário da ópera respeitado internacionalmente, renunciou depois de um período de seis anos marcados por disputas internas, greves e problemas financeiros.

Os músicos do Teatro dell'Opera di Roma, cujos contratos vencem no final do ano, podem ser reconvocados como parte de uma orquestra "terceirizada", informou o Ministério da Cultura na noite de quinta-feira, descrevendo a manobra como "uma medida dolorosa, mas necessária, para salvar a ópera de Roma e recomeçar".

Casas de espetáculos de toda a Itália – onde a ópera foi inventada no século 16 – têm sido forçadas a adotar semelhantes cortes drásticos de pessoal, bem como outras instituições de todo o mundo, por falta de fundos.

Atingida pela redução de receitas e custos crescentes, a deficitária ópera de Roma acumulou dívidas de mais de 40 milhões de euros e depende de subsídios da combalida prefeitura da cidade e do governo federal para sobreviver.

Carlo Fuortes, superintendente do Teatro dell'Opera, afirmou que a orquestra e o coral custam 12,5 milhões de euros por ano, e que a terceirização economizaria 3,4 milhões de euros. 

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